Amazonas tem importação recorde com portos flutuantes na seca dos rios

A instalação de portos flutuantes no Amazonas garantiu importações recordes em 2024, mesmo com a seca dos rios.

Diamantino Junior

Publicado em: 07/11/2024 às 13:23 | Atualizado em: 07/11/2024 às 13:23

Em um ano marcado pela seca dos rios no Amazonas, a implantação de portos temporários em Itacoatiara foi decisiva para que o estado registrasse uma importação recorde.

Segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), até outubro de 2024, o Amazonas alcançou US$ 13,7 bilhões em importações, superando o total de US$ 12,6 bilhões registrado em 2023.

A expectativa é de que esse valor atinja US$ 16 bilhões até o final do ano, o maior dos últimos sete anos.

A operação dos portos temporários permitiu que a economia do estado continuasse aquecida, mesmo diante das restrições impostas pela estiagem severa.

Em outubro de 2023, as importações somaram US$ 604 milhões, devido às dificuldades de navegação. No entanto, em 2024, com os portos temporários funcionando, o valor saltou para US$ 1,378 bilhão no mesmo mês.

“Os portos temporários foram essenciais para garantir a continuidade da nossa economia, especialmente em um período tão crítico como a seca dos rios”, afirmou o titular da Sedecti, Serafim Corrêa.

A infraestrutura flutuante, operada pelos grupos Chibatão e Super Terminais, assegurou a chegada de mais de 25 mil contêineres e o desembarque de 21 navios, evitando uma paralisação que poderia afetar diretamente a Zona Franca de Manaus.

Esses portos, projetados para operar em áreas de baixa profundidade, possibilitaram o transporte contínuo de mercadorias, mesmo nas condições extremas de seca, como as enfrentadas no Rio Madeira e na Costa do Tabocal.

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A ação faz parte de um plano estratégico que visa minimizar os impactos da estiagem, garantindo o abastecimento da Zona Franca de Manaus (ZFM) e do comércio local.

Os números reforçam a importância dessa solução logística para a economia do estado, que já vinha crescendo nos últimos anos, mas agora alcança um novo patamar em 2024.

Foto: divulgação