Alberto Neto e outros bolsonaristas são acusados de sequestrar Congresso

Os líderes dos partidos da base do governo na Câmara dos Deputados exigiram nesta terça-feira (5 de agosto) punição aos deputados bolsonaristas que ocuparam a mesa do plenário para cobrar que o projeto de anistia aos condenados pela tentativa de golpe de Estado no 8 de janeiro de 2023 seja pautado.

Numa reação à prisão domiciliar de Jair Bolsonaro determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, os aliados do ex-presidente impediram a realização de sessões tanto na Câmara quanto no Senado.

O deputado amazonense Alberto Neto (PL) estava entre os que ocuparam a mesa e ainda postaram na rede social.

“Oposição assume a mesa diretora e pressiona! Hugo Mota, o Brasil exige que você paute já a anistia e a PEC do fim do foro privilegiado. Chega de enrolação!”, escreveu Neto no X [antigo Twitter].

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Ação golpista

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), considera a ação um ataque violento ao parlamento.

“Aqui é responsabilidade do presidente da casa [Hugo Motta, Republicanos-PB] reestabelecer o controle e a ordem. A palavra para definir o que houve aqui foi um sequestro da mesa do parlamento. Foi um atentado grave”, considera o líder petista.

“Cada um desses deputados que ocuparam a mesa dessa forma, forma autoritária, podem e vão ser responsabilizados e têm que ser responsabilizados no Conselho de Ética, inclusive”, diz Lindbergh.

“Isso é inaceitável, isso viola a Constituição e o regimento da Casa, precisa ter punição. E é importante dizer que eles atacam o Executivo e o Judiciário”, afirma a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

Ela ainda prestou solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes. “Merece toda a nossa solidariedade pelas decisões que tem tomado em defesa da democracia e da soberania dos poderes”, disse.

Foto: reprodução do X de Alberto Neto