Agronegócio deu dinheiro a Braga Netto para plano de golpe de Bolsonaro

General era o elo no Planalto entre os militares e Bolsonaro

Mariane Veiga

Publicado em: 14/12/2024 às 13:22 | Atualizado em: 15/12/2024 às 17:55

Investigação da Polícia Federal (PF) revela que o general Braga Netto obteve o dinheiro utilizado para financiar a tentativa de golpe com o “pessoal do agronegócio”.

 A informação consta no depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).

No início da manhã deste sábado (14), a PF cumpriu mandados judiciais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra investigados no inquérito que apurou a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Lula da Silva (PT), em 2022.

À PF, Mauro Cid afirmou que Braga Netto entregou dinheiro ao major Rafael de Oliveira, um” kid preto”, em uma sacola de vinho.

Ainda conforme Cid, o ex-ministro disse à época que o financiamento havia sido obtido junto ao “pessoal do agronegócio”.

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A ação planejava matar o ministro do STF Alexandre de Moraes, que também presidia o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à época, Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

De acordo com  os investigadores, Braga Netto atuou “dolosamente” para obstruir as investigações da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022.

Segundo a investigação, os desdobramentos da investigação “revelaram a gravíssima participação de Walter Souza Braga Netto nos fatos investigados, em verdadeiro papel de liderança, organização e financiamento, além de demonstrar relevantes indícios de que o representado atuou, reiteradamente, para embaraçar as investigações”.

De acordo com a PF, o general ficará detido em dependência militar.

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil