8 de Janeiro: ato pela democracia reúne três poderes no Congresso
Com Lula, são esperados 500 convidados entre governadores e parlamentares. Plínio Valério culpa governo.

Ednilson Maciel, Da Redação do BNC Amazonas em Brasília*
Publicado em: 08/01/2024 às 13:20 | Atualizado em: 08/01/2024 às 13:20
O Congresso Nacional será palco, nesta segunda-feira (8), às 15h, de uma cerimônia para marcar um ano da invasão de extremistas de direita aos prédios dos três poderes da República em Brasília.
Intitulado “Democracia Inabalada”, o ato terá a presença do presidente da República, Lula da Silva, dos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, bem como do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.
De acordo com os organizadores, o objetivo do evento é reafirmar a importância e a força da democracia brasileira e restituir ao patrimônio público, de maneira simbólica, alguns itens depredados durante a invasão.
São esperados cerca de 500 convidados. Dentre eles, a ex-ministra do STF que presidia a corte na época dos ataques, Rosa Weber, o vice-presidente Geraldo Alckmin, presidentes dos tribunais superiores, o novo procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Assim como governadores, ministros, secretários de ministérios, presidentes de estatais e representantes das organizações da sociedade civil. O governador do Amazonas, Wilson Lima, não estará presente porque se encontra na China.
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Roteiro
Na abertura do ato, será executado o Hino Nacional pela cantora e ministra da Cultura, Margareth Menezes. Em seguida, farão uso da palavra os presidentes dos três poderes. Encerrando a solenidade, as autoridades do dispositivo principal irão até a entrada do salão nobre do Senado, para a reintegração simbólica ao patrimônio público de uma tapeçaria de Burle Marx e de uma réplica da Constituição de 1988.
A obra de Burle Marx (sem título) foi criada em 1973 e vandalizada durante a invasão do Congresso Nacional em 8 de janeiro. Após minucioso trabalho de restauração, a tapeçaria voltou ao patrimônio do Senado.
Já a réplica da Constituição foi recuperada, sem qualquer dano, após ter sido furtada da sede do STF, também no dia 8 de janeiro.
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Plínio Valério contra
Um manifesto assinado por 30 senadores, e encabeçado por Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição, destaca a participação desses parlamentares no esforço por uma “investigação profunda e independente” dos fatos ocorridos no dia 8 de janeiro do ano passado.
O texto, que tem a assinatura do senador Plínio Valério (PSDB-AM), também condena os atos de violência e a depredação dos prédios públicos, ao mesmo tempo que atribui o episódio a “falhas” por parte do governo federal para contê-los.
Os senadores oposicionistas levantam dúvidas sobre a eficácia das medidas tomadas pelos órgãos da administração que tomara posse no dia 1º, e apontam uma suposta incapacidade do Executivo em “antecipar e lidar com situações de potencial desestabilização, o que compromete não apenas a segurança pública, mas também a credibilidade das instituições responsáveis por garantir a ordem e a paz social”.
*Com informações da Agência Senado.
Foto: Warley Andrade/Tv Brasil