Deodato põe panos quentes na polêmica: “Não falei em rombo”

Publicado em: 13/10/2017 às 09:44 | Atualizado em: 13/10/2017 às 09:44

O secretário de Saúde, Francisco Deodato, foi muito cuidadoso em não esticar a corda da polêmica que se estabeleceu com a Assembleia Legislativa (ALE-AM), principalmente com seu presidente, a respeito do R$ 1,2 bilhão de rombo, que ele chama de déficit, encontrado pelo governo Amazonino Mendes (PDT) depois da interinidade de cinco meses do deputado David Almeida (PSD) no cargo de governador.

Foi durante entrevista ao programa “Manhã de Notícias”, de Ronaldo Tiradentes, nesta sexta, dia 13.

Deodato afirmou que não usou termos como “rombo” ou “desvio” quando apresentou as informações que disse ter recebido da equipe de transição de David. “Eu falei em déficit”, disse.

O secretário afirmou que foi “mal entendido e que o que falou foi  deturpado, tratado como um ato político”. E complementou que nem sequer mencionou o nome de David.

“Nunca proferi palavras como rombo, desvio. O que apresentei é o que eu havia recebido de informações de que a Susam tem um déficit. E nem apontei nome de ninguém”, disse Deodato.

Sobre sua ida a órgãos de controle e fiscalização, como Ministério Público (MP-AM) e Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), Deodato negou que tenha ido tratar de outros assuntos, como as investigações da operação Maus Caminhos.

O secretário disse que foi falar de contratos. “Não fui tratar do que ocorreu antes da minha chegada. Fui resguardar a administração porque não conseguiremos substituir o que está contratado de uma hora para outra”, afirmou.

Deodato disse que todos os contratos existentes estão sob análise e que a prioridade será pagar empresas de alimentação, serviços gerais e manutenção que estão há mais tempo sem receber pagamento do governo.

Segundo ele, isso já está sendo tratado com a Secretaria de Fazenda (Sefaz), que faz a liberação dos recursos.

Há uma semana no cargo de secretário, detalhou o rombo-déficit de R$ 1,2 bilhão na Susam:

– 476 contratos sem orçamento, representando R$ 394 milhões;

– serviços prestados sem contrato e não renovados somam R$ 178 milhões;

– despesas reconhecidas de R$ 575 milhões;

– restos a pagar de R$ 87 milhões.

 

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Foto: Reprodução/TV Tiradentes