O queijo que só tem em Parintins

Não tem igual o queijo manteiga de Parintins. Encontrado nas feiras da cidade ou sob encomenda, tem um gosto especial comprar no mercado municipal com a brisa do rio Amazonas adentrando o espaço.

O box que vende queijo se chama Chicão Melo, em homenagem ao comerciante que vendia farinha na rampa ao lado do mercado, falecido há cerca de 20 anos.

Os nomes de todos os quiosques prestam homenagem a antigos comerciantes.

Atualmente, Pedro de Oliveira Gomes, conhecido como Pepê, vende laticínios no box Chicão Melo. Aos 61, ele está há 23 anos no ramo.

Entre seus produtos, seu Pepê vende o famoso queijo manteiga de Parintins.

É um produto artesanal. Ao vivo contrário dos curados, que necessitam de longos períodos de maturação, o queridinho de Parintins é feito da manteiga frita.

O seu processo de cura dura cerca de 24 horas. Sem conservantes industrializados, ele suporta até dez dias fora da geladeira.

A produção desse tipo de queijo é das fazendas próximas a Parintins. O período de maior produção é entre setembro e fevereiro.

Durante o festival, ele está no período de entressafra.

Isso porque as águas do rio Amazonas alagam os campos de várzea das fazendas de março a agosto.

Desse modo, o gado precisa ser transportado para a terra firme, onde dispõe de pouco pasto impactando a produção de leite.

Além do queijo manteiga, seu Pepê vende queijo coalho, doce de leite, manteiga de búfala, banha de porco. Todos produtos artesanais da região.

O queijo manteiga que tem gosto de festival de Parintins já ganhou até prêmio em evento internacional especializado.

A produção da leiteria Macurany conquistou o prêmio ouro na categoria mista da ExpoQueijo Brasil 2023.

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Foto: Dassuem Nogueira/especial para o BNC AMAZONAS