Novas tecnologias para gestão de resíduos são aliadas na redução de gases do efeito estufa

Planta de biometano no Ceará operada pela GNR Fortaleza, que faz parte do Grupo Marquise, já evita 610mil toneladas de gases nocivos por ano. Empresa quer implantar modelo semelhante em Manaus

Mariane Veiga

Publicado em: 04/10/2023 às 16:00 | Atualizado em: 04/10/2023 às 16:17

Durante o encontro sobre o clima na Organização das Nações Unidas (ONU) no último dia 20, o governo brasileiro confirmou a ampliação da meta de redução de gases do efeito estufa para 48% até 2025 em comparação com níveis de 2005.

O tratamento adequado do lixo é parte importante de políticas de gestão ambiental em qualquer lugar do mundo e isso impulsionou o desenvolvimento de novas técnicas que vêm sendo utilizadas em diversos países, incluindo o Brasil, no intuito de modernizar a gestão dos resíduos e contribuir com o controle do aquecimento global.

Muitas cidades brasileiras já contam com aterros sanitários de última geração, que não só tratam adequadamente os resíduos, como buscam maior aproveitamento dos materiais, reduzindo emissão de gases nocivos e contribuindo significativamente na proteção ao meio ambiente.

Uma das três maiores empresas desse segmento no país, a Marquise Ambiental possui cerca de 40 anos de experiência atuando em importantes cidades que já contam com os benefícios dos Centros de Tratamento de Resíduos, como Fortaleza (CE), por exemplo.

A capital cearense recebeu há 5 anos a GNR Fortaleza, primeira planta de biometano do Norte e Nordeste, segunda maior do país. Fruto da parceria da Marquise Ambiental com a MDC, ela já responde por 20% do abastecimento da Companhia de Gás do Ceará (Cegás). Produzido a partir dos resíduos destinados ao Aterro Sanitário Metropolitano de Caucaia (região metropolitana de Fortaleza), esse gás é consumido principalmente por indústrias, comércios e residências do estado, garantindo à rede do Ceará o maior percentual de combustível renovável do mundo.

Depositados em aterros sanitários, os resíduos sólidos geram, naturalmente, metano e gás carbônico, dois gases de efeito estufa que, sem tratamento, são lançados na atmosfera e contribuem para o aquecimento global. O metano, por exemplo, é 27 vezes mais nocivo ao meio ambiente do que o CO2 (dióxido de carbono).

A GNR Fortaleza evita que, todos os anos, aproximadamente 610 mil toneladas de gases de efeito estufa sejam lançadas na atmosfera. Uma operação semelhante já está sendo estudada pela Marquise Ambiental em Manaus. “A redução das emissões de gases nocivos é uma meta global e nós abraçamos esse compromisso diariamente implantando novas tecnologias em nossas operações. Queremos levar essa inovação a outras cidades, como Manaus, para que possamos ampliar ainda mais esses benefícios ambientais”, explica Hugo Nery, presidente da companhia.

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