Transporte e logística do Amazonas defendem fundo da Marinha

Presidente da Associação Brasileira de Navegação Interior (Abani) espera que projeto de isenção do fundo seja aprovado no Senado.

Antônio Paulo, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 24/10/2024 às 07:54 | Atualizado em: 24/10/2024 às 07:54

O setor de transporte e logística do Amazonas reagiu positivamente à aprovação, pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado, do projeto de lei 1765/2019.

Essa proposição, que vai ao plenário do Senado, prorroga até 31 de dezembro de 2031 o prazo de vigência do Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante.

Dessa forma, a não cobrança do imposto federal deve ocorrer sobre as cargas com origem ou destino nas regiões Norte e Nordeste. Isso, nas navegações de cabotagem, interior fluvial e lacustre.

Por isso, o presidente da Associação Brasileira de Navegação Interior (Abani), Dodó Carvalho, festejou a decisão dos senadores, incluindo o relator do projeto, Eduardo Braga (MDB-AM).

Assim, Carvalho disse que notícia é boa no sentido da prorrogação tanto da isenção como da subvenção. Com isso, segundo ele, as cargas, que movimentam os portos do Norte e Nordeste, deixam de pagar o fundo da Marinha Mercante, que hoje está isento até 2027, estendendo-se até 2031.

“Se a lei tiver aprovação no plenário do Senado, as empresas de navegação interior, que transportam tanto granéis líquidos como outras cargas na Amazônia, receberão do governo uma subvenção para a renovação das suas frotas. Então, é uma boa notícia para todos os setores, tanto o de cabotagem, que ocorre nos portos do Norte e Nordeste, como a navegação interior, que anda em toda a Amazônia. Assim, a gente vai conseguir manter essa frota nova”, explicou Dodó Carvalho.

Ainda, segundo o presidente da Associação de Navegação Interior, a Amazônia tem hoje a frota mais nova de balsas-tanque do mundo, graças ao fundo da Marinha Mercante.

Além disso, na região, há em torno de 600 a 700 balsas-tanque, responsáveis pelo transporte de granéis líquidos (petróleo bruto, óleos vegetais e comestíveis, gases liquefeitos, álcool etílico, água potável, sucos e outros líquidos).

“A gente tem aí uma frota nova, uma frota moderna graças a esse incentivo vindo do fundo da Marinha Mercante. Então, a gente agradece a emenda do deputado Júnior Ferrari (PSD-PA) e ao empenho do senador Eduardo Braga. Assim como esperamos que o projeto seja aprovado em plenário, com o apoio de toda a bancada de senadores do Amazonas, e a gente possa manter este benefício em nossa região”, destacou Carvalho.

Por fim, o também diretor-presidente da SC Transportes e da Companhia Norte de Navegação mencionou o problema da seca severa que o Amazonas e a região Norte estão enfrentando. Desse modo, aumenta ainda mais a dificuldade de fazer logística na Amazônia.

“Portanto, esse benefício – prorrogação até 2031 do fundo da Marinha Mercante – vem nos ajudar a manter essa frota ativa, manter essa frota nova. Acima de tudo, com uma frota nova, a gente garante a qualidade do transporte e principalmente de combustível na Amazônia sem risco ambiental”, finalizou Dodó Carvalho.

Foto: divulgação