Amazônia: além da BR-319, Transamazônica também atola no lamaçal
A Transamazônica enfrenta atoleiros críticos, prejudicando transportes e exigindo desvios no sudoeste do Pará.

Diamantino Junior
Publicado em: 08/01/2025 às 14:13 | Atualizado em: 08/01/2025 às 14:13
A temporada de chuvas intensas, conhecida como Inverno Amazônico, tem tornado a BR-230, a rodovia Transamazônica, um verdadeiro desafio para motoristas. No sudoeste do Pará, trechos inteiros da estrada se transformaram em lamaçais intrafegáveis após fortes chuvas no último fim de semana. No Amazonas, a BR-319 também começa a sofrer os impactos das chuvas.
Entre as cidades de Uruará e Placas, um trecho de 60 km é especialmente crítico. Até mesmo veículos com tração, como caminhonetes, têm dificuldade em atravessar.
No segmento mais problemático, entre os km 194 e 205, a situação é tão grave que máquinas como patrol e tratores, operados por empresas terceirizadas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), foram mobilizados para resgatar motoristas e retirar veículos atolados.
Paralisação de serviços e alternativas
As cooperativas de transporte de passageiros e encomendas suspenderam temporariamente suas operações na rodovia.
Para evitar os prejuízos causados pelos atoleiros, estão desviando o trajeto pela PA-370, com destino às cidades de Santarém ou Rurópolis.
Lamaçal e caos logístico
Os motoristas enfrentam um cenário caótico: estradas escorregadias, horas de espera e tentativas manuais para liberar veículos presos na lama.
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Alguns acabam passando a noite na estrada, sem conseguir superar os obstáculos. A situação se agrava com a ausência de manutenção adequada em trechos não asfaltados, onde a combinação de lama e buracos torna o transporte de cargas e passageiros praticamente inviável.
Impactos na região
Com cerca de 160 km de pontos críticos ao longo da rodovia, a Transamazônica ilustra os desafios da infraestrutura na Amazônia durante o período chuvoso. Sem uma solução efetiva, motoristas, passageiros e comerciantes enfrentam prejuízos financeiros e riscos constantes, agravando a precariedade logística de uma das mais importantes vias de acesso da região.
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Foto: Inverno na Transamazônica