Traficantes já não têm nenhum segredo em mostrar poder sobre cidadão
Na Praça Seca, criminosos utilizam faixas para impor normas de circulação, revelando domínio territorial.

Diamantino Junior
Publicado em: 27/12/2024 às 21:26 | Atualizado em: 27/12/2024 às 21:26
Moradores da Praça Seca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, denunciaram a instalação de faixas por criminosos, instruindo motoristas sobre como proceder ao entrar na comunidade. As faixas, assinadas por “A firma”, orientam: “Atenção moradores e visitantes, ao entrar na comunidade favor acender a luz do salão, abaixar os vidros e ligar o pisca alerta”.
Controle territorial e impacto na população
A imposição dessas regras evidencia o controle territorial exercido por grupos criminosos na região. Ao estabelecerem normas de circulação, buscam monitorar e restringir o acesso, aumentando a sensação de insegurança entre os moradores. Essa prática interfere diretamente na liberdade de locomoção e no direito de ir e vir dos cidadãos, submetendo-os a um “código de conduta” paralelo ao ordenamento jurídico oficial.
Reação das autoridades e desafios enfrentados
A presença ostensiva de faixas com ordens impostas por criminosos na Praça Seca representa um desafio significativo para as autoridades de segurança pública.
A necessidade de restabelecer a ordem e garantir a segurança dos moradores é urgente, exigindo ações coordenadas entre as forças policiais e políticas públicas eficazes para combater a influência de grupos criminosos na região.
Contexto histórico e medidas necessárias
A Praça Seca tem sido palco de disputas entre facções criminosas e milícias, resultando em frequentes confrontos e aumento da violência.
A imposição de regras por meio de faixas é mais um indicativo da tentativa desses grupos de consolidar seu domínio sobre o território.
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Para enfrentar essa situação, é fundamental que o poder público intensifique operações de segurança, promova a presença do Estado na comunidade e desenvolva programas sociais que ofereçam alternativas à população local, visando reduzir a influência do crime organizado e restaurar a confiança dos moradores nas instituições oficiais.
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Foto: reprodução