Seca histórica: AM tem prejuízo de R$ 620 milhões em 2024, diz Defesa Civil

O órgão esclareceu que a análise comparativa considera fatores hidrológicos, sociais e econômicos.

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Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 05/10/2024 às 09:46 | Atualizado em: 05/10/2024 às 09:46

A Defesa Civil estadual confirmou que a seca histórica de 2024 no Amazonas trouxe prejuízos públicos e privados, que já ultrapassam R$ 620 milhões.

Dessa forma, o fenômeno é considerado o pior da história em termos de impactos econômicos e sociais.

Conforme divulgou o g1, até quinta-feira (3), os danos acumulados já superaram os números de 2023, que até então era reconhecida como a estiagem mais grave do estado. Ano passado, por exemplo, os prejuízos foram de R$ 472 milhões.

Segundo a publicação, a Defesa Civil esclareceu que a análise comparativa considera fatores hidrológicos, sociais e econômicos.

Assim, informações fornecidas pelas prefeituras sobre os impactos na agricultura, comércio, indústria, pecuária e fornecimento de serviços básicos.

Da mesma forma, os danos a estruturas públicas, confirmam que os índices deste ano são os mais graves já registrados.

Seca nos rios

Ainda segundo a informação, no contexto hidrológico, as calhas dos rios Alto, Médio e Baixo Solimões, Médio e Baixo Amazonas, Madeira, Purus e rio Negro apresentam níveis críticos.

Dessa maneira, estações fluviométricas, como Tabatinga, Fonte Boa e Manacapuru, registram cotas mínimas históricas.

  • Na sexta-feira (4), o rio Negro atingiu a marca de 12,66 metros, fazendo com que Manaus enfrente a pior seca pelo segundo ano consecutivo.
  • Em Tabatinga, na região do Alto Solimões, o rio Solimões está com -1,99 metros. O registro é desta sexta-feira (4). Dados da Defesa Civil apontam que o rio tem descido, em média, 5 centímetros por dia no último mês. A cidade vive a pior seca da história.
  • Na cidade de Coari, na região do Médio Amazonas, o rio Amazonas registrou a cota de 1,21 metros nesta sexta-feira, segundo medição da Defesa Civil do município.
  • Em Parintins, no baixo Amazonas, o rio Amazonas está em -2,05 metros. O cenário também é crítico na região, segundo o governo do estado.
  • No município de Itacoatiara, o mesmo Rio Amazonas está medindo 0,41 centímetros nesta sexta-feira. A cidade recebeu um porto flutuante, onde os navios cargueiros, que atendem as empresas do Polo Industrial de Manaus, transferem suas mercadorias para balsas que ainda conseguem chegar na capital amazonense.
  • Em Humaitá, o rio Madeira registra 8,20 metros nesta sexta-feira. O rio desceu uma média de 4 centímetros por dia.

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Foto: Ronaldo Siqueira/Especial para o BNC Amazonas