Saneamento: comunidade do Amazonas é alvo de projeto do BID e Funasa
Objetivo é dar acesso à população a serviços de água, esgoto e manejo de resíduos sólidos e sustentáveis.

Adrissia Pinheiro
Publicado em: 10/12/2024 às 15:58 | Atualizado em: 10/12/2024 às 16:08
O Governo do Amazonas, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) visitaram, na segunda-feira (9), a comunidade Rumo Certo, em Presidente Figueiredo (a 117 quilômetros de Manaus), escolhida para receber projeto piloto do Programa Nacional de Saneamento Rural.
A ação tem como objetivo melhorar o acesso da população a serviços de saneamento básico de qualidade e sustentável.
Com investimento do BID, o Programa Serviços Sustentáveis e Inovadores de Água, Saneamento e Higiene em Zonas Rurais já foi implantado em comunidades do Piauí, Distrito Federal e Bahia.
Agora, com cooperação técnica da Funasa e coordenação da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) e da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb), será implantado no Amazonas.
A iniciativa se alinha com ações já executadas pela Sedurb e UGPE, voltadas a essa área, como o Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin+) e o Programa de Saneamento Integrado (Prosai), desenvolvido em Maués e agora em execução em Parintins.
De acordo com o secretário Marcellus Campelo, o projeto em Presidente Figueiredo beneficiará cerca de 200 famílias, proporcionando acesso a água potável, esgotamento sanitário, descarte adequado de resíduos sólidos e reaproveitamento da água da chuva.
“O governador Wilson Lima tem priorizado o saneamento básico no estado, e estamos comprometidos em apoiar essa iniciativa, que tem como objetivo melhorar a qualidade de vida da população”, afirmou.
Pela manhã, foi realizada uma reunião no auditório da Prefeitura de Presidente Figueiredo para a apresentação do programa SIRWASH para as instituições participantes e representantes comunitários. E, também, para o alinhamento sobre as etapas do diagnóstico e da socialização do plano de ação, a ser executado de janeiro a março de 2025. Em seguida, as equipes visitaram a comunidade.
Da reunião, participaram representantes da Prefeitura de Presidente Figueiredo, do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) do município, Sedurb, UGPE, Funasa, BID, comunidade Rumo Certo e Instituto Mamirauá, contratado pelo banco para fazer o diagnóstico participativo da comunidade e preparar o plano de trabalho.
O líder da divisão de água e saneamento no Brasil e coordenador dos países do cone sul do BID, Gustavo Méndez, disse que o objetivo do projeto é assegurar a sustentabilidade das ações do estado, por meio da cooperação técnica, visando realizar investimentos na comunidade com serviços essenciais para a população.
“Nós temos uma relação de longa data com o Estado, por meio do Prosamin+. Sempre percebemos essa capacidade de execução de gestão que tem a UGPE, que foi a unidade responsável pela implementação desse projeto. Também estamos muito contentes, porque vai ser o órgão que vai implementar esses investimentos em saneamento rural com os recursos do Estado, aqui na comunidade. Então, temos todas as condições para dar certo o projeto de saneamento rural” destacou Mendez.
O líder comunitário Adaildo Carvalho, de 63 anos, morador da comunidade Rumo Certo há mais de 33 anos, agradeceu pela iniciativa em benefício da população. “É um projeto importante. A gente só tem a agradecer, porque eu tenho certeza que esse projeto vai ter tudo para dar certo, a comunidade está abraçando a causa. E, também, agradecer ao Governo do Estado, pois a comunidade só tem a ganhar, vai melhorar a qualidade de vida de cada cidadão, de cada morador”, afirmou.
Fases do projeto
A primeira fase do projeto foi conduzida pelo Instituto Mamirauá, que realizou o mapeamento dos municípios e das comunidades rurais do Amazonas. Após isso, foram estabelecidos critérios prioritários para a escolha da comunidade para a implantação do projeto.
Nesta segunda fase, está sendo realizado um diagnóstico participativo das condições sanitárias da comunidade. O diagnóstico incluirá aspectos como organização comunitária, participação social, abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e águas pluviais, entre outros.
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Foto: Júlia Lobão/Secom