Relatório do Ibama é negativo para exploração do petróleo na foz do Amazonas

Está nas mãos de Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, a liberação da exploração de petróleo na área.

Relatório do Ibama é negativa para exploração do petróleo na foz do Amazonas

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 28/02/2025 às 07:02 | Atualizado em: 28/02/2025 às 07:57

Técnicos do Ibama emitiram um parecer, que está sendo mantido em sigilo, recomendando que a pesquisa e prospecção da exploração de petróleo na Margem Equatorial do litoral brasileiro sejam negadas à Petrobrás.

Segundo o relatório, a razão do veto, portanto, é conhecida: a ameaça ao bioma marinho em frente à foz do rio Amazonas.

Conforme o Correio Braziliense, está nas mãos de Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, a liberação da exploração de petróleo na área.

Nesse sentido, o documento não impede o licenciamento da exploração do Bloco 59 da bacia. Agostinho pode não acatar a recomendação.

Porém, essa hipótese é considerada remota, uma vez que o presidente da autarquia tem o histórico de prestigiar o corpo técnico, sempre acompanhando as recomendações que lhe são passadas.

A princípio, antes de vir à tona a recomendação dos técnicos do Ibama de que não haja pesquisa para eventual prospecção na foz do Amazonas, a presidente da Petrobrás Magda Chambriard deixou claro o incômodo, ontem, com as exigências colocadas pela autarquia.

“Temos um pedido de licença para perfurar um primeiro poço no litoral do Amapá. O órgão ambiental considera a região sensível, mas estamos prontos para enfrentar essa sensibilidade. Temos equipamentos e métodos moderníssimos, e o compromisso de entregar mais um centro de reabilitação de fauna, caso ocorra um evento indesejável. Vamos entregá-lo até o fim de março. As obras estão em dia e, creio, seja essa a última demanda do Ibama”, disse.

Magda, porém, acrescentou que “todas as demandas do Ibama foram atendidas tempestivamente. Temos parceria até com a Nasa (a agência espacial dos estados Unidos). O que estamos oferecendo para o Ibama entendemos que está resolvido. Não há mais o que se pedir. Tenho mais de 45 anos nessa indústria e nunca vi esse nível de esforço”.

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