Mais quatro ianomâmis morrem desnutridos e com malária na Amazônia
Todos estavam no Hospital Geral de Roraima (HGR), onde faziam tratamento, mas não resistiram

Publicado em: 22/02/2023 Ã s 11:20 | Atualizado em: 23/02/2023 Ã s 13:08
Quatro indÃgenas Ianomâmi morreram em Boa Vista e foram levados em caixões ao território indÃgena nesta segunda-feira (21).
As vÃtimas, três mulheres, de 45, 49 e 63 amos, e um adolescente, de 16, tiveram complicações causadas por malária e desnutrição.
A informação acerca das mortes foi divulgada pelo presidente do Conselho Distrital de Saúde IndÃgena Ianomâmi e Iêcuana (Condisi-YY), Júnior Hecurari Ianomâmi. Os corpos do adolescentes e da mulher de 49 anos foram levados para comunidades na região de Surucucu, enquanto os corpos das outras duas vÃtimas foram levados para Auaris, onde moravam.
Todos estavam no Hospital Geral de Roraima (HGR), onde faziam tratamento, mas não resistiram. A mulher de 45 anos morreu no sábado (18), enquanto os outros três na segunda-feira (20).
Imagens divulgadas pelo Condisi-YY registraram o momento em que os caixões chegaram no território e foram retirados do avião. Malária e desnutrição grave são as duas maiores ocorrências na crise de saúde Yanomami, agravada pelo avanço de garimpos ilegais.
Agora, os corpos passarão pelo ritual fúnebre tradicional do povo Ianomâmi. O ritual, chamado Reahu, que dura semanas. O processo fúnebre envolve deixar o corpo na floresta, para que se decomponha. Depois, o funeral segue com a cremação dos ossos e, então, as cinzas são guardadas até serem enterradas, na despedida final.
Leia mais na matéria de CaÃque Rodrigues no G1
Leia mais
Ianomâmis: Bolsonaro pode cair no tribunal internacional por genocÃdio
Foto: Associação Urihi Yanomami