Presidente do Caprichoso vai à Justiça para anular resultado do festival

Rossy Amoedo afirma que houve favorecimento ao Garantido e cobra providências sobre jurados.

Adrissia Pinheiro, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 01/07/2025 às 17:05 | Atualizado em: 01/07/2025 às 17:05

O presidente do boi-bumbá Caprichoso, Rossy Amoedo, reafirmou neste dia 1⁰ de julho, à imprensa, que sua agremiação foi prejudicada por dois jurados na apuração do Festival Folclórico de Parintins. Diante disso, anunciou que vai levar o caso à Justiça.

Durante entrevista no curral Zeca Xibelão, em Parintins, Amoedo disse que houve vazamento dos nomes dos jurados para o boi Garantido, o que comprometeu a lisura da competição.

“Estamos convictos de que houve favorecimento ao Garantido, especialmente nos blocos A e B. Dois jurados foram decisivos para o resultado”.

Ele citou nominalmente Marcos Moura e Hylnara Anny como os responsáveis por notas consideradas “incoerentes”.

Amoedo destacou que os dois jurados foram decisivos para “acabar com o festival” e favorecer o Garantido.

“Esses dois tiveram dados deletados de suas redes sociais logo após o evento, sinal de que tentaram esconder algo”, afirmou o dirigente, classificando o resultado do festival como um “roubo”.

Além disso, Amoedo revelou que a jurada do bloco B teria recebido orientações sobre como votar, o que configura grave interferência no processo de avaliação.

“Temos provas robustas e um dossiê detalhado sobre essa jurada que será levado à Justiça”.

Leia mais

Crítica ao formato

Ele ainda anunciou que o Caprichoso vai recorrer judicialmente para anular o resultado do festival de Parintins, criticando o atual formato de julgamento e chamando-o de “ultrapassado e vulnerável a manipulações”.

“Estamos rompendo com esse modelo. É preciso zerar esse resultado e construir um novo formato, mais justo e transparente”.

Ao final, o presidente do Caprichoso fez um apelo por respeito aos artistas envolvidos no festival.

“Não é fácil fazer o trabalho dos outros. Respeitem os trabalhadores. Nós damos o nosso sangue por esse espetáculo”.

Sobre as críticas de adversários de que sua atitude se trata de choro de perdedor, Amoedo afirmou:

“Não é ‘não saber perder’, é não deixar ser roubado, detonado. Eu não me acovardo com derrotas, eu me protejo para não ser prejudicado por qualquer pessoa”.

Veja a entrevista, na íntegra