Presidente da COP-30 nega contradição entre petróleo na foz do rio Amazonas e agenda ambiental do governo
André Corrêa do Lago afirma que petróleo na Amazônia não compromete metas climáticas e alerta para impacto da saída dos EUA do Acordo de Paris.

Adrissia Pinheiro
Publicado em: 11/02/2025 às 17:33 | Atualizado em: 11/02/2025 às 17:33
André Corrêa do Lago afirmou que a exploração de petróleo na foz do rio Amazonas não compromete o compromisso climático do Brasil e defendeu a estratégia de transição energética.
O tema voltou a ganhar força após o novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), declarar apoio ao projeto da Petrobras na Margem Equatorial. Ambientalistas seguem criticando a iniciativa.
Lago afirmou que diversos países ainda utilizam combustíveis fósseis enquanto avançam em metas de neutralidade de carbono.
Ele citou a Alemanha, que abandonou a energia nuclear e retomou o uso de carvão temporariamente. Segundo ele, isso faz parte do planejamento para atingir o “net zero” até 2050.
Na semana passada, Lula prometeu a Alcolumbre atuar para destravar as pesquisas na região da foz do rio Amazonas, segundo informações do colunista Lauro Jardim, do GLOBO.
O diplomata também alertou para os efeitos da saída dos EUA do Acordo de Paris, que pode comprometer o financiamento de ações contra as mudanças climáticas.
O acordo prevê a captação de US$ 1,3 trilhão para projetos ambientais em países em desenvolvimento. Sem apoio dos EUA, o cumprimento dessa meta fica ameaçado.
O presidente da COP30 também garantiu que a conferência do clima seguirá em Belém e negou qualquer possibilidade de mudança ou divisão do evento com outra cidade.
Ele afirmou ter visitado a capital paraense recentemente e destacou os avanços na infraestrutura para receber a conferência, que será realizada em novembro.
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A matéria é do O Globo. Leia na íntegra.
Foto: divulgação/Ministério das Relações Exteriores