Potássio do Amazonas: MPF vai detalhar ações com presença de muras
Órgão chama a imprensa para expor posição sobre o licenciamento para exploração em Autazes.

Ednilson Maciel, Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 28/05/2024 às 20:11 | Atualizado em: 28/05/2024 às 20:23
Neste dia 29 de maio, em sua sede em Manaus, às 14h30, o Ministério Público Federal (MPF) e lideranças dos indígenas muras vão esclarecer suas posições sobre o licenciamento ambiental para exploração da mina de potássio em Autazes, no Amazonas.
Hoje é do Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas), órgão do Governo do Estado, a competência para dar autorização para a empresa explorar o minério.
Como resultado, o órgão emitiu quase uma dezena de licenças prévias de instalação e outras à mineradora Potássio do Brasil.
Ao mesmo tempo, o MPF impetrou ações na Justiça para suspender essas licenças concedidas pelo Ipaam. Acusa que há, portanto, diversas irregularidades em torno do licenciamento nessa exploração.
Por exemplo, a falta de consulta prévia aos indígenas muras, que habitam as terras onde está a jazida de silvinita, de onde é extraído o cloreto de potássio, usado na produção de fertilizante agrícola.
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Muras divididos
Dessa forma, lideranças indígenas dos muras também vão se posicionar, considerando que uma parte deles manifestou ao governo estadual anuência à exploração mineral.
De acordo com o MPF, os procuradores da República vão esclarecer todo o processo que envolve o potássio no Amazonas, cujo interesse de exploração começou em 2016.
Foto: divulgação