Policial do AM que matou mulher trans no motel pega 10 anos no fechado
Jeremias Costa Silva, policial militar, foi condenado a 10 anos de prisão pela morte de Manuella Otto. Sentença inclui perda do cargo público.

Diamantino Junior
Publicado em: 04/07/2024 às 13:48 | Atualizado em: 04/07/2024 às 13:48
O policial militar Jeremias Costa Silva, de 35 anos, foi condenado a 10 anos de prisão em regime fechado pela morte da transsexual Manuella Otto. O crime aconteceu em 2021, dentro de um motel em Manaus, e a sentença foi proferida na noite desta quarta-feira (3/7).
De acordo com a sentença, Jeremias foi condenado por homicídio simples privilegiado. O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) considerou que o réu repreendeu a vítima pelo uso de drogas, levando Manuella a se alterar e partir para a agressão.
A condenação também prevê a perda do cargo público na Polícia Militar do Amazonas, embora Jeremias possa recorrer da sentença em liberdade.
Durante o julgamento, foram ouvidas pelo menos três testemunhas entre acusação e defesa.
A defesa do acusado pediu pela absolvição, alegando falta de provas e reforçando que ele agiu em legítima defesa.
No entanto, a Justiça do Amazonas concluiu que Jeremias fez uma escolha livre e consciente ao cometer o assassinato.
Relembre o caso
Manuella Otto, de 25 anos na época do crime, foi morta com um tiro no peito pelo ex-PM em um motel no bairro Monte das Oliveiras, Zona Norte de Manaus, na madrugada do dia 13 de fevereiro.
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De acordo com a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), as investigações apontaram que houve um desentendimento entre os dois, levando o policial a atirar contra a vítima.
A polícia informou que Manuella foi atingida por um tiro no peito, não resistiu e morreu no local. Após cometer o crime, Jeremias tentou sair do motel, mas a atendente não quis abrir a porta.
Ele então quebrou o portão e fugiu. Foi preso no dia seguinte ao crime, após se apresentar a uma unidade policial.
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Foto: reprodução