Operação da PF e Força Nacional combate queimadas no sul do Amazonas

Operação Atmosfera 2 visa combater queimadas e crimes ambientais em Apuí e Humaitá. Apuí lidera ranking de focos de incêndio no estado.

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 14/10/2024 às 16:33 | Atualizado em: 14/10/2024 às 16:33

Agentes da Polícia Federal (PF) e da Força Nacional de Segurança começaram a operação Atmosfera 2 nos municípios de Apuí e Humaitá, no sul do Amazonas. O objetivo é combater os incêndios florestais e desmatamento nas terras da União.

Em nota, a PF comunicou que foram percorridos nas áreas dos dois municípios 3.500 km de terras públicas afetadas pelos crimes ambientais.

“A retomada das intensas fiscalizações em locais estratégicos no interior do Amazonas, acontece desde 1º de outubro, a partir de denúncias e multas aplicadas pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis)”, diz a corporação.

Durante a operação, os policiais apreenderem três motosserras, um soprador, destruíram acampamento de desmatadores e realizaram procedimentos de polícia judiciária (oitiva/investigação).

Os possíveis autores dos ilícitos, que estavam de posse dos equipamentos, foram todos identificados.

De acordo com a PF, a operação não possui data “prevista para acabar e tem como principal objetivo averiguar a prática de ilícitos ambientais, principalmente nesse momento em que o Amazonas enfrenta uma estiagem severa”.

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Queimadas

Dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), revelam que Apuí lidera no Amazonas o ranking de queimadas. De janeiro até este 14 de outubro, foram registrados 4.592 focos de incêndios.

No mesmo período, o segundo município mais afetado é Lábrea com 4.172 focos, seguido de Novo Aripuanã com 2.505 focos, Manicoré com 1.841 focos, Boca do Acre com 1.783 focos e Humaitá com 1.366 focos.

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Acre

No sábado (12), a PF deflagrou no Acre a operação Usurpare para combater a ocupação irregular de terras públicas protegidas.

As investigações revelaram crescentes atividades ilegais de ocupação e desmatamento em assentamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Acrelândia.

No local, a PF diz que encontrou invasores nas áreas protegidas por lei, “insuscetível de exploração, exatamente por se destinar à preservação dos recursos naturais, a biodiversidade, proteção ao solo e assegurar o bem-estar da população”.

Além do Incra, a operação contou com o apoio do Ibama e da Polícia Militar do estado do Acre.

A ação resultou na prisão em flagrante de seis pessoas, além da apreensão de nove motocicletas e duas armas de fogo.

Foto: divulgação