Nilton Rodrigues, o general do Amazonas indiciado no golpe de Bolsonaro
Ele é comandante de infantaria de selva e atuou próximo de Bolsonaro.

Adrissia Pinheiro
Publicado em: 21/11/2024 às 17:16 | Atualizado em: 21/11/2024 às 17:43
O general Nilton Diniz Rodrigues, atual comandante da 2ª Brigada de Infantaria de Selva, em São Gabriel da Cachoeira, na região de fronteira com a Venezuela conhecida como “cabeça do cachorro”, é mais um dos indiciados pela Policia Federal (PF) nesta quinta-feira.
A Polícia Federal ouviu Rodrigues em 6 de novembro, durante a investigação sobre a tentativa de golpe envolvendo integrantes do governo Jair Bolsonaro.
O depoimento do militar chamou atenção por ser a primeira vez que o convocaram, além do fato de estar ainda na ativa.
A PF o chamou a depor após seu nome surgir em novas mensagens.
A Polícia Federal obteve as mensagens durante o processo de delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid.
Seu vínculo com a investigação ocorre devido ao seu trabalho como assistente do general Freire Gomes, ex-comandante do Exército, que a PF também ouviu.
Freire Gomes revelou que Bolsonaro propôs uma minuta golpista para impedir a posse de Lula e se manter no poder.
O general Rodrigues, portanto, emerge como uma figura chave dentro do contexto militar que apoiaria ações golpistas durante o fim do governo Bolsonaro, como as mortes do presidente Lula da Silva, seu vice Geraldo Alckmin e o Ministro Alexandre de Moraes.
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Rodrigues, ligado à 2ª Brigada de Infantaria de Selva e outros 36 acusados, destaca-se como uma peça importate para entender os núcleos de apoio, os chamados “kids pretos”.
Além disso, a análise da PF revelou seu envolvimento direto, reforçando sua importância no planejamento da tentativa de golpe de Estado.
Por fim, ele está sendo indiciado por crimes como golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e outros crimes relacionados ao caso.
Foto: Gazetaweb/reprodução