MP-AM não vê ilegalidade na presença da PM na eleição de Parintins

Policiais teriam sido enviados para escoltar candidata do governador. Caso foi arquivado

Mariane Veiga

Publicado em: 18/11/2024 às 22:33 | Atualizado em: 18/11/2024 às 22:52

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) decidiu pelo arquivamento, no último sábado (16), do procedimento que apurava o desvio de finalidade envolvendo policiais militares durante as eleições municipais deste ano.

De acordo com a investigação, a Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam) foi destacada para o município em agosto, supostamente com fins eleitorais e sem um procedimento administrativo devidamente registrado no sistema de gestão de documentos.

O envio teria sido motivado por uma ordem verbal, conforme revelado em documentos sensíveis que constam em um processo judicial relacionado.

O Ministério Público destacou que a Rocam, além de estar vinculada a uma agenda oculta, teria fiscalizado a atuação de um grupo político específico.

Uma das atribuições, apontada pela investigação, seria realizar a escolta da então candidata a prefeitura de Parintins Brenna Dianá, do União Brasil (UB).

No entanto, a atuação dos policiais na escolta da candidata não foi comprovada. O MPAM também entendeu que as ilegalidades identificadas já foram devidamente judicializadas, não havendo necessidade de prosseguir com o processo.

Para a decisão do arquivamento, o órgão levou em consideração documentos apresentados pelo Batalhão de Polícia Militar em Parintins.

“Outrossim, considerando as declarações do PM Paulyellyson e os documentos encaminhados pelo 11º BPM-Parintins quanto às escalas dos policiais, não restou comprovado o uso de policiais militares Soraia Ramos, Paulyellyson e Lúcio Almeida para a escolta da candidata Brenna, não havendo demais diligências que possam ser realizadas” , diz trecho da decisão.

Entretanto, o MP diz que ainda existe uma Ação Judicial, que tramita em sigilo, para apurar as irregularidades encontradas no caso.

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Foto: Victor Lemos/divulgação