Máquinas e automóveis elevam produção industrial em abril

Publicado em: 04/06/2019 às 16:35 | Atualizado em: 04/06/2019 às 16:35
A produção de veículos automotores, máquinas e equipamentos (8,3%), e produtos químicos salvou a produção industrial brasileira entre março e abril. Apesar da queda em outros segmentos, o crescimento do período foi de 0,3%.
Nos quatro primeiros meses do ano, porém, o setor ainda acumula queda de 2,7%.
Os números são da Pesquisa Industrial Mensal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta terça-feira (4), e publicada pela Agência Brasil.
O crescimento veio depois de uma queda de 1,4% na passagem de fevereiro para março.
“A gente observa um predomínio de resultados positivos”, disse à Folha o gerente da pesquisa, André Macedo. Segundo ele, é o perfil de crescimento mais espalhado desde junho de 2018, logo após a greve dos caminhoneiros, quando 22 dos 26 ramos apresentaram alta em relação ao mês anterior.
Ainda assim, Macedo pondera que ainda é prematuro falar em recuperação. “A produção industrial vem se caracterizando pela volatilidade no comportamento”, diz ele. “Ora cresce, ora recua, tentando adequar a produção à demanda.”
De acordo com a pesquisa, em abril, no entanto, prossegue a Agência Brasil, houve quedas nos outros quatro tipos de comparação: -3,9% na comparação com abril de 2018, -0,1% na média móvel trimestral, -2,7% no acumulado do ano e de -1,1% no acumulado de 12 meses.
Categorias em alta
Na passagem de março para abril, houve alta em três das quatro grandes categorias econômicas, com destaque para os bens de consumo duráveis (3,4%).
Também tiveram crescimento os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos (2,9%), e os bens de consumo semi e não duráveis (2,6%).
Por outro lado, os bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo, caíram 1,4% de março para abril.
Entre as 26 atividades industriais pesquisadas, 20 tiveram alta na produção, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (7,1%), máquinas e equipamentos (8,3%), outros produtos químicos (5,2%) e produtos alimentícios (1,5%), todos revertendo as quedas registradas em março.
Das seis atividades em queda, o destaque foi para as indústrias extrativas, que recuaram 9,7%, registrando o quarto resultado negativo do setor e acumulando perda de 25,7% no período.
Foto: Agência Brasil/arquivo