Mandante da morte da mãe de sua filha em Manaus vai a júri

O crime aconteceu no dia 23 de maio de 2013

caso técnica em enfermagem Viviane Costa de Castro

Neuton Corrêa, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 21/05/2025 às 15:18 | Atualizado em: 21/05/2025 às 16:05

O Tribunal do Júri, do TJ-AM (Tribunal de Justiça do Amazonas), julga em Manaus neste dia 22 de maio um assassinato de grande repercussão na crônica policial da cidade.

O crime aconteceu no dia 23 de maio de 2013, há 12 anos, portanto.

A vítima foi a técnica em enfermagem Viviane Costa de Castro, de 28 anos. Ela foi executada no começo daquela manhã, na avenida Timbiras, Cidade Nova, Zona Norte, quando ela dirigia seu carro a caminho do trabalho.

No veículo também estavam sua mãe e sua irmã, que saiu ferida com estilhaços do ataque.

A ocorrência comoveu desde os primeiros momentos, quando os relatos informavam que Viviane buscou socorro dirigindo o próprio carro.

No entanto, ela não resistiu e morreu ao chegar ao hospital Unimed, onde trabalhava, há menos de dois quilômetros do local do crime.

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O mandante

O caso ganharia ainda mais repercussão depois que as investigações descobriram a trama da execução.

Por trás dos disparos estaria Alesson Pessoa Mota, então com 34 anos, mecânico, dono de uma oficina localizada a poucos metros da cena do crime.

Alesson foi noivo de Viviane. Do relacionamento, nasceu uma menina, que ficou órfã da mãe aos 2 anos de idade.

Vinte e dois dias antes de sua morte, a vítima foi ao 6º Distrito Integrado de Polícia (6º DIP), na Cidade Nova, relatar que suspeitava estar correndo risco de morte.

Conforme “Narrativa de fato”, ela acusou que o pai de sua filha estaria por trás das ameaças.

Às autoridades policiais, pedindo proteção, ela relatou que Alesson poderia estar por trás de uma tentativa de homicídio que sofrera em junho de 2012.

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A prisão

O mecânico chegou a ser preso, assim como o suposto autor dos disparos, chamado de Francisco. Mas, hoje, ambos estão soltos.

O processo caminhou até aqui sob segredo de justiça.

Pedido de justiça

Em texto que distribuiu nesta véspera do júri, a família de Viviane lamenta a demora no julgamento e os suspeitos estarem em liberdade.

“Apesar da gravidade dos fatos, os acusados permanecem em liberdade e a família denuncia a morosidade do processo, que já se arrasta há mais de 12 anos”.

A mãe da vítima, Joana da Graça Souza, afirmou:

“Queremos apenas justiça. Não é justo que um crime tão cruel e marcado por tanto sofrimento fique impune”.

Joana desde então é a responsável pela criação de duas netas. Viviane tinha uma filha adolescente quando morreu.

A expectativa é de que, após anos de espera, o tribunal do júri popular reconheça a gravidade do crime e condene os réus.

Fotos: divulgação