Manaus no top 7 das capitais mais violentas do Brasil

19ª edição do anuário de segurança mostra queda dos índices de mortes violentas na capital, mas cenário ainda é crítico.

Adríssia Pinheiro, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 24/07/2025 às 17:26 | Atualizado em: 25/07/2025 às 17:22

Manaus permanece no pódio das dez capitais mais violentas do Brasil em 2024, e o Amazonas segue entre os estados com os maiores índices de letalidade do país.

Os dados são da 19ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025, publicado nesta quinta-feira (24 de julho), que traz uma radiografia da violência com base nas mortes violentas intencionais, como homicídios dolosos, feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte no ano de 2024.

Com relação a 2023, Manaus ocupava o 3º lugar entre as capitais mais violentas, com uma taxa de 46,4 mortes por 100 mil habitantes.

Já em 2024 a capital amazonense apresentou uma baixa, saiu do top 3 e agora ocupa o 7º lugar. Isso representa um total de 32,3 mortes por 100 mil habitantes.

Fonte: Anuário Brasileiro de Segurança Pública

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Amazonas

Por outro lado, o Amazonas aparece entre os 9 estados com maior taxa de mortes violentas em 2024, com 23,7 por 100 mil habitantes.

Apesar do número alarmante, houve uma queda de 5,8% em relação a 2024 (2023) .

O estado ficou em 9⁰ lugar, atrás de:

  • – Amapá (45,1),
  • – Bahia (40,6),
  • – Ceará (37,5),
  • – Pernambuco (36,2),
  • – Alagoas (35,4),
  • – Maranhão (30,4),
  • – Mato Grosso (29,8) e
  • – Pará (29,5).

A média nacional foi de 20,8, a menor desde 2012.

O cenário da região Norte como um todo continua preocupante: a taxa regional de mortes violentas foi de 27,7 por 100 mil habitantes, a segunda mais alta do país, atrás apenas do Nordeste (33,8).

O número total de mortes violentas no país em 2024 foi de 44.127, uma redução de 5,4% em relação ao ano anterior.

Enquanto o país avança na queda geral da violência, os dados revelam que as dinâmicas locais, marcadas pela disputa de facções e baixa presença do Estado em áreas remotas, notadamente na Amazônia, continuam sendo desafios urgentes, em especial para o Amazonas e seu vasto território entrecortado por rios e floresta.

Veja, na íntegra, o anuário 2025:

Foto: Fernando Frazão/Arquivo Agência Brasil