Mais da metade da população de Manaus vive em favelas, aponta IBGE
Os bairros Cidade de Deus e Alfredo Nascimento formam a quarta maior favela do país

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 08/11/2024 às 19:42 | Atualizado em: 08/11/2024 às 21:36
O Amazonas é o estado com maior proporção da sua população (34,7%) residindo em favelas, seguido do Amapá (24,4%) e do Pará (18,8%).
Na região Norte, Belém (55,8%) e Manaus (53,9%) têm mais da metade dos domicílios nessas concentrações urbanas.
Os dados são do censo 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (8).
No Amazonas existem 392.287 moradias em favelas, com 1.368.093 habitantes.
Elas se concentram na capital e nas margens dos rios. O estado é o quinto do país em população. Os primeiros do ranking são São Paulo, Rio de Janeiro, Pará e Bahia.
Das quase 400 mil moradias, 55.692 residências não possuem ligação à rede geral de distribuição de água.
O estado também possui o maior índice (36,3%) de quantidade de domicílios particulares permanentes ocupados nas favelas.
O Amazonas possui 17,9% da população indígena vivendo em favelas, o maior índice do país. São 87.988 indígenas nessas condições.
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Capital campeã do Norte
Os bairros vizinhos Cidade de Deus e Alfredo Nascimento, em Manaus, formam a quarta maior favela do país com 55.821 moradores, atrás apenas da Rocinha (Rio de Janeiro) com 72.021, Sol Nascente (Brasília) com 70.908 e Paraisópolis (São Paulo) com 58.527.
Entre as 20 favelas e comunidades urbanas mais populosas do país, oito estão no Norte, e seis delas, em Manaus.
Além do Cidade de Deus, estão nessa lista comunidade São Lucas (53,674 habitantes) e os bairros Zumbi dos Palmares (34.706), Santa Etelvina (33.031), Colônia Terra Nova (30.142) e Grande Vitória (26.733).
Da população que vive nesses aglomerados urbanos na capital, 40,1% se declararam da raça preta, 35,5% branca e 37,1% parda.
O IBGE diz que o censo demográfico é a mais completa operação estatística realizada no país, indo a todos os domicílios dos 5.570 municípios brasileiros e coletando os endereços e as coordenadas geográficas das espécies de endereços visitadas pelos recenseadores.
Foto: reprodução/Redes Sociais