Wilson anuncia investimento de R$ 15,4 milhões no Hospital João Lúcio
O Hospital Dr. João Lúcio, referência em neurologia e politraumatismo, vai receber intervenção após 12 anos

Publicado em: 27/05/2020 às 16:30 | Atualizado em: 27/05/2020 às 16:38
O governador Wilson Lima (PSC) anunciou, nesta quarta-feira (27), o início da reforma do Hospital e Pronto-Socorro (HPS) Dr. João Lúcio.
Após 12 anos sem uma grande intervenção, a maior unidade hospitalar da zona leste de Manaus receberá obras de recuperação de infraestrutura. O HPS é referência em neurologia e politraumatismo.
O projeto será executado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Região Metropolitana de Manaus (Seinfra) e deve ser concluído em 180 dias.
“A reforma custará algo em torno de R$ 15 milhões, são recursos do BID, recursos oriundos de uma sobra daqueles recursos de saneamento de igarapés”, disse o governador.
De acordo com Wilson, essa sobra será usada no combate ao coronavírus, ‘e como o pronto-socorro João Lúcio é um hospital que está atendendo pacientes com Covid-19, o BID prontamente fez a liberação do recurso”.
Segundo o governador, serão realizados serviços elétricos, nos telhados e nos sistemas de refrigeração e elevadores, possibilitando mais qualidade para os profissionais de saúde e usuários.
Com a intervenção, a estimativa do Governo do Estado é reduzir em 40% os custos de manutenção do HPS Dr. João Lúcio, o que vai gerar uma economia anual da ordem de R$ 2,9 milhões.
“Nós temos aqui um sistema elétrico que foi instalado há pelo menos 10 anos e que nunca foi trocado. Isso faz com que tenhamos uma sobrecarga na rede e promove um alto custo de energia elétrica. Com essa instalação elétrica e essa revisão, nós vamos diminuir esses custos, fora outros procedimentos que acabam sendo superdimensionados pela falta de uma estrutura adequada nessa nossa unidade”.
Planejamento
De acordo com a secretária de Saúde, Simone Papaiz, os serviços serão realizados em etapas para evitar interferência na rotina de serviços e no atendimento aos usuários da unidade.
“Não haverá descontinuidade da assistência, nem na porta da entrada e nem nos processos eletivos que a unidade fornece. A cada fase do projeto haverá o remanejamento da assistência, se necessário, daquele ambiente para outros ambientes hospitalares”, afirmou.
O secretário de Infraestrutura, Carlos Henrique Lima, adiantou que a pasta já prepara um segundo projeto de intervenções para o hospital, que deve ser lançado até o fim do ano.
Cronograma das obras
As intervenções anunciadas hoje envolvem uma área total de 13.775,85 m² e contemplam a recuperação dos sistemas elétrico e de climatização, de toda a cobertura do prédio e forro e a implantação de novos elevadores, de grupos geradores de energia, subestação, iluminação de LED e de uma nova estação de tratamento de efluentes (ETE).
A primeira fase das obras envolve serviços de recuperação de todo o sistema elétrico. Na segunda, será recuperada a cobertura do prédio. A terceira etapa inclui a recuperação do forro e do sistema de climatização, em julho.
A quarta fase da obra começa em agosto, com a instalação de uma nova estação de tratamento de efluentes (ETE). Em setembro, inicia a quinta etapa, com a reforma da subestação abaixadora e do cubículo de entrada.
A sexta e última fase inicia em outubro deste ano, com a revisão e revitalização de todo o sistema hidrossanitário e pavimentação.
Investimento
O investimento total na obra é de R$ 15.492.141,61, com recursos do BID. A liberação do montante é resultado do esforço conjunto da Seinfra, da Secretaria de Estado de Saúde (Susam) e da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE) que, em interlocução direta com o BID, obtiveram permissão para utilizar saldo não desembolsado do Contrato de Empréstimo nº 2676/OC-BR (BR-L1297) – Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim) III.
O banco autorizou o redirecionamento dos recursos para iniciativas de resposta à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que sejam capazes de amenizar os efeitos de médio e longo prazo, por meio de melhorias e adequações em maternidades e hospitais da capital.
De acordo com a Seinfra, a operação não afetará os investimentos já contratados, por se tratar de sobra de recursos fruto de elevada variação cambial, sem qualquer diminuição de recursos previstos em obras previstas para o Prosamim III.
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Foto: Diego Peres/Secom