No interior do Amazonas, mais de 10 mil morreram de covid
Mesmo distante dos centros urbanos, há mortes e infecções entre indÃgenas, ribeirinhos e pequenos agricultores.

Da Redação do BNC AMAZONAS
Publicado em: 12/03/2021 Ã s 11:00 | Atualizado em: 12/03/2021 Ã s 11:00
O coronavÃrus castigou o Amazonas e apenas a capital Manaus tem leitos de UTI. Até janeiro, o maior número de casos (57%) foi no interior do estado amazonense, onde mais de 10 mil morreram de covid-19 e quase 270 mil pessoas foram infectadas.
Nesse sentido, mesmo distante dos centros urbanos, há mortes e infecções entre indÃgenas, ribeirinhos e pequenos agricultores. A informação é do “Uol”.
Dessa forma, famÃlias ribeirinhas tiveram mudança de vida com a chegada da pandemia. Com isso, o vÃrus trouxe a doença e as crianças que estavam nas escolas foram para casa. Mas uma professora foi a casa de cada aluno.
A professora Zeneide de Melo, 43, dá aulas até a 5º série em uma escola inundada pela cheia do rio Aripuanã. Depois, veio a covid-19. A água levou as carteiras, o vÃrus trouxe a doença e as crianças foram para casa
“Ensinar o que sei à s pessoas é a marca que gosto de deixar”, diz A professora Zeneide de Melo (43) à repórter JanaÃna Garcia enviada da WWF-Brasil à região.
Além disso, segundo Raylton dos Santos, do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), o acesso ficou restrito.
“Com a pandemia, o acesso à cidade ficou ainda mais restrito, e alguns barcos que levavam alimentos deixaram de fazer esse fluxo de viagem”, afirma.
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Renda
Além do curso do governo federal, ela já passou por treinamentos sobre turismo comunitário e exploração sustentável da castanha-do-Brasil. As duas atividades foram afetadas pela pandemia, mas aumentaram a renda do povoado nos últimos anos.
Da mesma forma, dona Josefa Miranda da Silva, 60, é uma liderança feminina rara no sul do Amazonas. Seis famÃlias vivem na comunidade de Santa Maria.
Por isso, anos atrás, para pagar uma promessa, ela botou em prática um festival religioso em devoção à Santa Maria.
O festejo gera renda e une a comunidade, mas foi interrompido em 2020 devido à pandemia e à doença, que se espalhou pela região.
O sogro de Dona Zefa morreu de covid-19 em março de 2020. Em julho, foi a irmã de 62 anos. “Restaram só as fotos dele”, diz. Filhos e netos também foram contaminados.
Como ajudar?
É possÃvel doar para instituições como o WWF-Brasil ou mesmo tornar-se um afiliado fixo.
A ONG internacional usa as doações para investir em projetos que apoiam comunidades no paÃs que atuam com economia sustentável e preservação do meio ambiente.
Para doar, clique aqui.
Portanto, sempre exija transparência da instituição que recebe o dinheiro.
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Foto: Reprodução/ STF