Fundo Amazônia: BNDES destina R$ 150 milhões para terras indígenas

Edital destina recursos para restaurar áreas degradadas em terras indígenas do Maranhão ao Acre, com participação direta dos povos originários.

Diamantino Junior

Publicado em: 12/04/2025 às 09:10 | Atualizado em: 12/04/2025 às 09:20

Projetos de recuperação florestal no chamado Arco da Restauração, região que vai do Maranhão ao Acre, poderão receber recursos do Fundo Amazônia, por meio de uma chamada pública lançada nesta sexta-feira (11/4), pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em parceria com os ministérios do Meio Ambiente (MMA), dos Povos Indígenas (MPI) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

Com um orçamento total de R$ 150 milhões, o edital prevê a seleção de até 90 projetos de restauração ecológica em áreas de 50 a 200 hectares.

Um dos critérios obrigatórios é a participação direta dos povos indígenas na execução das propostas. As inscrições ficam abertas até o dia 19 de julho de 2025.

A iniciativa tem como foco regiões severamente impactadas pelo desmatamento, com o objetivo de promover a recuperação ambiental e fortalecer práticas sustentáveis dentro dos territórios indígenas.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou que além de mitigar os efeitos da crise climática, a ação fortalece o protagonismo dos povos originários no uso sustentável dos recursos da floresta.

Segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o investimento reforça os resultados já alcançados pela atual gestão na área ambiental.

“Nesses dois anos, reduzimos algo em torno de 450 milhões de toneladas de CO₂, o que fez com que a gente pudesse fazer uma captação do Fundo Amazônia que dobrou os seus valores, com recursos da Noruega, da Alemanha, do Reino Unido e de outros vários países”, afirmou.

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O Arco da Restauração é uma região prioritária para ações de recuperação florestal e abriga dezenas de terras indígenas ameaçadas por atividades ilegais.

A expectativa é de que os projetos aprovados promovam não só a restauração ambiental, mas também o desenvolvimento socioeconômico sustentável dessas comunidades.

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Foto: divulgação