Homenagem às mães tem ‘Ancestrais’ em quilombo de Itacoatiara
O espetáculo idealizado pela artista Cléia Alves será em ramal da AM-10.

Adrissia Pinheiro, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 06/05/2025 às 12:04 | Atualizado em: 06/05/2025 às 12:04
Os moradores da comunidade quilombola Sagrado Coração de Jesus Lago de Serpa, no km 9 da rodovia AM-10, no ramal Ozório da Fonseca, vão assistir o espetáculo Ancestrais em homenagem às mães no próximo dia 11 de maio, às 9h.
Conforme a idealizadora e produtora do show, a artista Cléia Alves, o projeto foi pensado para apresentação em comunidades quilombolas de Manaus e Itacoatiara, que fica a 260 quilômetros da capital.
A estreia de Espetáculos foi em Manaus, no quilombo do Barranco de São Benedito, no dia 27 de abril, com mediação da professora e artista Francis Baiardi. No dia 11, será da professora Bianca Alencar.
Cléia, que assina a direção, concepção e produção do espetáculo, disse que o projeto vai percorrer depois escolas e universidades do Amazonas, para finalizar com apresentação no Teatro da Instalação, em Manaus.
“A proposta do espetáculo é refletirmos sobre as nossas identidades, ancestralidades, pertencimento e afirmação étnica”.
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Dança
Cléia disse que a temática dessa pesquisa em dança começou em 2021 e se deu pela percepção de que acontece no Brasil uma propagação da cultura do ódio e um crescente número de atos de racismo, violência, retirada de direitos, discriminação, intolerância religiosa, sobretudo, com o povo negro e povos originários no Brasil.
Dessa maneira, pela movimentação da capoeira, samba, maracatu, boi-bumbá, dança dos orixás, também com textos e poesias, e em alguns momentos tocando percussão e cantando pontos das religiões de matriz africana, Cléia conduz o show para uma viagem de reflexões, inquietações e memórias sobre o legado do povo negro e povos originários.
De acordo com a artista, o projeto tem apoio dos quilombos do Barranco de São Benedito e de Serpa Itacoatiara, Universidade Estadual do Amazonas (UEA) e Governo do Estado, por meio da escola estadual Cacilda Braule Pinto e SEC (Secretaria de Cultura e Economia Criativa).
Fotos: divulgação