Governo Lula reconhece emergência em Manacapuru devido à seca dos rios

Até oito municípios amazonenses estão na mesma situação

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 30/08/2024 às 18:38 | Atualizado em: 30/08/2024 às 18:40

O governo do presidente Lula da Silva reconheceu nesta sexta-feira (30) a situação de emergência em Manacapuru por causa da seca do rio Solimões. Com isso, já são oito municípios amazonenses na mesma situação.

Sendo assim, as prefeituras estão aptas a solicitar recursos do governo federal para ações de defesa civil.

São verbas para a compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros.

Em portarias anteriores do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, já foram reconhecidos situação de emergência em Eirunepé, Envira, Juruá, Tabatinga, Guajará, Boca do Acre e Parintins.

Envira possui dois reconhecimentos vigentes, sendo um para a seca e outro para inundação. Já Parintins envolve liberação de elementos químicos e problemas com chuvas intensas.

De acordo com a pasta da Integração, a solicitação pelos municípios em situação de emergência deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD).

Com base nas informações enviadas nos planos de trabalho, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no Diário Oficial da União com o valor a ser liberado.

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Seca

“Nós temos um ano muito desafiador por causa das mudanças climáticas. Em 2023, passamos por uma estiagem muito forte na Amazônia. Eu sou amazônida e nunca vi coisa igual ao longo da minha vida. No Pantanal, por exemplo, a seca e as queimadas, que costumavam acontecer em agosto, começaram no fim de maio, ou seja, dois meses antes. Vai ser mais prolongada a estiagem”, afirma o ministro do MIDR, Waldez Góes.

O atual período da seca a Amazônia, de acordo com o MIDR, será o mais severo em vinte anos.

A região enfrenta condições climáticas extremas, aumentando a frequência e a intensidade dos focos de incêndio. O ministério já aprovou o repasse de R$ 11,7 milhões para a região até o momento.

Foto: Divulgação