Garimpeiros ignoram proibição e seguem poluindo rio Madeira

Publicado em: 29/05/2017 Ã s 18:00 | Atualizado em: 29/05/2017 Ã s 18:00
A extração ilegal de ouro entre os municÃpios de Nova Olinda do Norte, Maués e Novo Aripuanã continua de vento em popa. Em busca da riqueza, garimpeiros arriscam a vida, enfrentam os órgãos de fiscalização ambiental, desafiam a PolÃcia Federal e destroem o meio ambiente nos rios Abacaxi, Madeira e Juma, e afluentes.
A atividade de garimpagem na região, que se estende aos rejeitos da extração, está totalmente suspensa pela Justiça Federal, a pedido do Ministério Público, que identificou crimes como poluição, trabalho escravo, entre outros.
Os órgãos de fiscalização e repressão aos crimes ambientais nessa região têm dificuldades para combater os invasores, que a cada dia se multiplicam em busca de ouro.
Leitor do BNC flagrou várias balsas com dragas explorando o leito do rio Madeira, entre os municÃpios de Nova Olinda do Norte e Novo Aripuanã, subindo em direção a Porto Velho-RO, como mostram as fotografias.
Esses garimpeiros estão usando mercúrio e outros produtos quÃmicos, elementos prejudiciais ao meio ambiente e ao homem.
A última grande operação da PolÃcia Federal nessa região foi em 2015, quando encontrou 30 garimpeiros no local chamado Filão do Abacaxis, no rio Abacaxi, entre Nova Olinda e Maués.
Eram trabalhadores contratados que não recebiam salário há seis meses, e os chefes do garimpo conseguiram escapar da ação da polÃcia. Um deles, inclusive, teria fugido em um jatinho particular.
Além de máquinas usadas na garimpagem, os policiais federais destruÃram duas pistas de pouso clandestinas na floresta.
A PolÃcia Federal ainda continua procurando três homens, que seriam os proprietários do garimpo, e que já estão identificados. Quando capturados, vão responder pelos crimes ambientais, que são vários, e também por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Fotos: Divulgação/leitor BNC