Fraude no INSS: quadrilha familiar que faturou R$ 15 milhões no AM é condenada
Quatro irmãos e um policial agiram livremente por mais de dez anos. A denúncia foi do MPF.

Adrissia Pinheiro
Publicado em: 19/06/2025 às 20:05 | Atualizado em: 19/06/2025 às 20:52
A Justiça condenou uma quadrilha composta por quatro irmãos e um policial de Roraima por fraudar benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em Manaus. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a organização criminosa atuou por mais de uma década e causou um prejuízo superior a R$ 15 milhões aos cofres públicos.
As penas variam de 8 a 211 anos de prisão. Dentre os integrantes do esquema, o com maior condenação respondeu por 84 fraudes no Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Segundo a denúncia, os criminosos usaram identidades falsas, documentos forjados e repetiram a mesma fotografia para registrar diferentes “beneficiários”.
Mais grave ainda, os próprios acusados realizaram os saques e aparecem em imagens de segurança usando os cartões de benefícios de pessoas fictícias.
Durante a “Operação Fragmentados”, deflagrada em novembro de 2023, a Polícia Federal encontrou documentos falsos, dezenas de cartões e R$ 296 mil em espécie. Além do crime de estelionato, previsto no artigo 171 do Código Penal, os envolvidos também responderam por associação criminosa.
Embora os réus precisem cumprir as penas em regime fechado, por outro lado, eles poderão recorrer em liberdade. Diante disso, o MPF apresentou um recurso ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região para tentar aumentar as condenações, pois considera os crimes de alta gravidade.
Por sua parte, o INSS identificou o esquema por meio de seu sistema de monitoramento. Conforme as investigações, foram encontradas várias identidades distintas com as mesmas imagens faciais.
Além disso, também houve coincidência de dados biométricos e ausência de registros civis autênticos em cartórios — o que confirmou o forjamento de documentos públicos.
Por fim, a Polícia Federal confirmou que pessoas sem vínculo legítimo com os benefícios realizaram os saques, encerrando as dúvidas sobre a autoria dos crimes.
Leia na íntegra no Segundo a Segundo.
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