DPE-AM vence prêmio do CNJ com projeto Libertar-te

A iniciativa mira o direito das crianças e adolescentes

Mariane Veiga

Publicado em: 19/12/2024 às 21:24 | Atualizado em: 19/12/2024 às 21:32

Com o projeto Libertar-te: liberdade através da arte da leitura, a Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM) venceu o Prêmio Prioridade Absoluta, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A premiação foi nesta quarta-feira (18), em Brasília.

Além do reconhecimento, a iniciativa visa disseminar ações, projetos ou programas inovadores e eficazes voltados para a promoção, valorização e respeito quanto ao direito das crianças e adolescentes com absoluta prioridade.

“A defensoria do Amazonas já está no radar nacional e, mais uma vez, vamos celebrar. Incentivamos cada vez mais os nossos defensores, defensoras e os nossos servidores a realizarem trabalhos que gerem positivas mudanças para a sociedade. Este, por exemplo, é um projeto humanizado, conduzido por uma assistente social e uma psicóloga, sob a supervisão de um defensor e merecidamente reconhecido. Não tinha outra forma de fechar o ano comemorando um prêmio nacional desse porte”, afirmou o defensor-geral Rafael Barbosa.

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Coletividade

A psicóloga Mayara Feitoza e a assistente social Silviane Campos, que atuam no Núcleo Especializado de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Nudeca), receberam o prêmio, reforçando a importância do trabalho coletivo.

“Este é um ponto importante, pois o nosso trabalho tem uma natureza diferente de um defensor público, mas nós complementamos, trabalhamos ali em conjunto e podemos trazer para a sociedade um diferencial que eu acredito que não tenha nos outros equipamentos do sistema judiciário. Essa questão da humanização, esse olhar mesmo para o cidadão, dentro das suas especificidades. Momentos assim nos motivam. É o retorno de que estamos fazendo o certo”, disse Silviane.

Sobre o Libertar-te

Formulado em 2019, o projeto ‘Libertar-te’ visa, dentre seus diversos objetivos que tem a arte como instrumento de resgate, incentivar também o hábito da leitura.

A atividade circula em todos os centros socioeducativos da cidade de Manaus.

As atividades são propostas de modo que haja a participação voluntária dos adolescentes, fomentando debates, reflexões e vínculos.

Ao longo do ano, pelo menos 12 livros de temas diversos, escolhidos pelos socioeducandos e que passam pelo crivo da equipe, são fornecidos para que eles realizem a leitura entre si.

“A gente quer que, através da leitura, esses adolescentes vejam que é possível um mundo fora dali. Recebemos esse prêmio e ressaltamos que a força da educação é, muitas vezes, esquecida. Um reconhecimento do CNJ de um projeto da Defensoria é muito importante, pois nos dá um gás para novos projetos em 2025 e para que continuemos atuando dessa forma”, disse a defensora pública e idealizadora do projeto, Juliana Lopes.

Fotos: Allan Leão/DPE