Do time BNC, Dassuem Nogueira agora é doutora em antropologia
Banca recomendou a publicação da tese por ser relevante para a antropologia e para a compreensão do tema abordado como contribuição às políticas públicas de migração

Mariane Veiga, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 30/04/2025 às 21:28 | Atualizado em: 30/04/2025 às 21:55
A antropóloga Dassuem Nogueira, colunista e repórter do BNC Amazonas, acaba de conquistar o título de doutora em antropologia pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
A banca de defesa de tese, realizada entre às 13 e 18h (horário Manaus) deste dia 30 de abril, foi composta pelas professoras doutoras Isabel de Rose, Marlise Rosa e Sônia Maluf e pelo professor doutor Daniel Granada,
Essa banca recomendou a publicação da tese por ser relevante para a antropologia e para a compreensão do tema abordado como contribuição às políticas públicas de acolhimento pelo país a populações em situação de migração.
A professora doutora Ester Jean Langdon, orientadora da tese, acompanhou o ritual por meio virtual, em razão de problemas de saúde.
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É tempo de retomada!
Saga dos waraos
Dassuem defendeu a tese “Do portão para dentro, uma etnografia do acesso dos indígenas Warao”, oriundos da Venezuela, ao abrigamento e à saúde em Santarém (PA) e Manaus (AM).
Os waraos são, originalmente, do delta do rio Orinoco. Seu território foi gravemente afetado por mineração ilegal, construção de barragens e exploração de petróleo nas costas do Atlântico venezuelano.
Tal situação fez com que esse povo passasse a procurar as cidades venezuelanas em busca de alternativas para sustentar-se.
Em meio à crise política e econômica da Venezuela, eles passaram a buscar o mesmo nas cidades brasileiras.
A tese, conforme Dassuem, desmitifica o entendimento comum de que os waraos coletam dinheiro nos centros urbanos por questão cultural e, por isso, migrariam de cidade em cidade.
Dassuem disse que acompanha a trajetória dos waraos no Brasil desde 2018 e esteve em campo no período do auge da pandemia da covid 19 (2020-2021), quando esses refugiados indígenas também foram afetados pelas medidas de restrição que impactaram seu sustento.
Foto: divulgação