Com denúncias de Bruno, indígenas vão ao STF por risco de genocídio
A iniciativa, segundo eles, "busca evitar danos irreparáveis para os povos indígenas"

Publicado em: 30/06/2022 às 11:30 | Atualizado em: 30/06/2022 às 11:30
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil recorreu ao STF para que medidas cautelares sejam tomadas para garantir a proteção de grupos isolados. A ação foi feita diante da ameaça de extinção e de ações contra ambientalistas e indigenistas.
Num documento de mais de 120 páginas e que cita ainda as denúncias apresentadas pelo indigenista Bruno Pereira morto na Amazônia, a entidade denuncia o risco de genocídio.
A iniciativa, segundo eles, “busca evitar danos irreparáveis para os povos indígenas e para todas as presentes e futuras gerações, do Brasil e da Humanidade”.
“Existe risco real de que as gravíssimas falhas do governo federal na proteção da vida, segurança e integridade psicofísica dos povos indígenas isolados e de recente contato no Brasil, possam ocasionar até o extermínio de determinadas etnias”, alertam.
“O risco é de genocídio, como vêm alertando as organizações indígenas, a imprensa e diversos organismos e instituições internacionais. Além disso, se nada for feito, corre-se o risco de se protrair no tempo a execução de uma política indigenista extremamente nociva aos povos indígenas, conforme fartamente demonstrado e em repercussão na mídia nacional e internacional”, alertou.
Na petição, o grupo solicita medida cautelar para determinar à União Federal que “adote todas as medidas necessárias para garantir a proteção integral dos territórios com presença de 118 povos indígenas isolados e de recente contato”.
Os indígenas querem que, no prazo de 60 dias, seja estabelecido um Plano de Ação para regularização e proteção das terras indígenas com presença de povos indígenas isolados e de recente contato.
Leia mais na coluna de Jamil Chade no UOL
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Foto: Divulgação