Dengue: Amazonas tem 9,3 mil casos e primeira morte em Manaus
Dados do Ministério da Saúde indicam que o estado ocupa a 17ª posição com coeficiente de incidência de 236,6 casos para cada 100 mil habitantes

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 02/04/2024 às 18:17 | Atualizado em: 02/04/2024 às 18:17
O Amazonas já registrou nesta terça-feira (2) 9.324 casos de dengue, três óbitos em investigação e uma morte confirmada em Manaus.
Os dados do Ministério da Saúde indicam que o estado ocupa a 17ª posição com coeficiente de incidência de 236,6 casos para cada 100 mil habitantes.
Com coeficiente de 6.804 registros para 100 mil habitantes e 191.673 casos, o Distrito Federal é o primeiro do ranking, seguido de Minas Gerais e Espírito Santo.
O pico de casos da doença no Amazonas foi registrado em fevereiro com 4.250 casos prováveis ou mais de 50% do total de registro.
Nesse mês houve um crescimento de 409% de casos comparados com o mesmo mês do ano passado, quando foram registrados 1.044 casos.
Manaus possui 3.115 registros da doença e alcançou o pico em janeiro quando foram contabilizados 1.761 casos. No mês de fevereiro a ocorrência foi de 1.053 casos e março 745 registros.
As principais vítimas possuem entre 20 a 29 anos e 88,5% são da cor parda. Nessa faixa há um equilíbrio entre homens e mulheres infectados.
A pasta da saúde explica que no caso da dengue clássica, em geral, a recomendação é de repouso, enquanto durar a febre; ingestão de líquidos; administração de paracetamol ou dipirona em caso de dor ou febre.
Na maioria dos casos, há uma cura espontânea depois de dez dias.
No caso da forma grave da doença, o protocolo do Ministério da Saúde é a internação do paciente para o manejo clínico adequado.
Não se automedicar e procurar imediatamente o serviço de urgência em caso de surgimento de pelo menos um sinal de alarme é o recomendado.
Quais são os principais sintomas ou sinais de alerta da dengue grave?
• Dor abdominal intensa e contínua;
• Vômitos persistentes;
• Acúmulo de líquidos em cavidades corporais (seja no abdômen ou entre os tecidos que revestem o pulmão ou o tórax);
• Letargia e irritabilidade;
• Dificuldade de respirar;
• Aumento do tamanho do fígado (hepatomegalia);
• Hipotensão postural (queda na pressão arterial após levantar);
• Aumento progressivo do hematócrito;
• Sangramento de mucosas como gengivas e nariz; e
• Sangue nas fezes.
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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil