De 2022 a 2023, extração de madeira ilegal devastou 9,3 mil hectares em RR

Crescimento de exploração de madeira no estado cresceu 584%.

De 2022 a 2023, extração de madeira ilegal devastou 9,3 mil hectares em RR

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 26/08/2024 às 11:55 | Atualizado em: 26/08/2024 às 12:04

De agosto de 2022 a julho de 2023, 9.319 hectares (82%) de madeira foram explorados sem autorização, em Roraima (RR).

O estudo foi divulgado pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam) na sexta-feira (23).

Conforme o levantamento, entre agosto de 2021 e julho de 2022, foram mapeados 1.671 hectares de exploração no estado.

Os dados de Roraima apresentaram aumento significativo em relação ao período analisado anteriormente e isso tem uma justificativa lógica no aumento da extração e, também, pela melhoria nas condições atmosféricas anuais, pois para a análise são utilizados dados de sensores orbitais passivos que podem apresentar inconsistências na identificação em períodos de muita nebulosidade e/ou cobertura de plumas de fumaça, esclarece Heitor Pinheiro, especialista em geoprocessamento e analista do Idesam.

Além disso, das explorações não autorizadas em Roraima em 2023, 81%, o equivalente a 7.531 hectares, foram identificadas em Imóveis rurais privados.

Como resultado, cerca de 857 hectares (9%) foram em assentamentos rurais, outros 810 hectares (9%) em áreas não destinadas, e o 1% restante em outras categorias fundiárias.

De acordo com a reportagem do g1, entre os assentamentos rurais mais explorados estão os Projetos de Assentamento (PA) Dirigido Anauá, Cupiúba,Trairi, Ladeirão, Integração e Jatapu, localizados na região ao Sul do estado.

Ainda segundo a publicação, os municípios de Roraima com o maior número de exploração ilegal entre agosto de 2022 e julho de 2023, em hectares, foram:

  • Caracaraí, com 5.102;
  • Rorainópolis, com 2.400;
  • São Luiz, com 878;
  • Mucajaí, com 436;
  • Caroebe, com 364;
  • Cantá, com 93;
  • São João da Baliza, com 45.

Dessa forma, os dados são do Sistema de Monitoramento da Exploração Madeireira (Simex), formado por instituições de pesquisa ambiental integrada pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Idesam, Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e o Instituto Centro de Vida (ICV).

Assim sendo, o Simex produz informações sobre a atividade na Amazônia Legal e nos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima.

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Foto: Ibama/divulgação