Barbalho desagrada geral com ‘jardins suspensos de Belém’ na COP-30

Projeto paisagístico do governador do Pará planta "árvores de ferro".

Árvore de ferro -Helder Barbalho

Bruna Lira, da Redação do BNC Amazonas 

Publicado em: 01/04/2025 às 17:22 | Atualizado em: 01/04/2025 às 17:22

Sob fortes críticas, o governador Helder Barbalho (MDB) tentou conter a reação negativa ao paisagismo artificial adotado nos parques lineares da Doca e da Av. Tamandaré, em Belém.

A proposta, divulgada como “jardins suspensos” com estruturas de ferro e plantas, foi duramente rejeitada por ambientalistas, urbanistas e pela população, que consideram o modelo um equívoco para uma cidade amazônica.

A autora do projeto, arquiteta da Secretaria de Obras, justificou a ideia como solução à falta de solo, inspirada em Singapura.

O caso gerou repercussão até internacional, levando o governo a editar o discurso oficial. Para muitos, Belém ignora sua vocação florestal e exemplos históricos de paisagismo natural, optando por estruturas metálicas em plena preparação para sediar a COP-30.

Especialistas defendem alternativas simples e eficazes, como o uso de árvores nativas em vasos, enquanto cidades como Paris ampliam a vegetação urbana com metas ambiciosas de adaptação climática. Ainda há tempo, afirmam, para o governador rever a decisão e evitar um vexame global.

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Foto: Leonardo Macêdo/Ascom Seop