Crise climática agrava a fome e conflitos globais, alerta especialista

Pesquisadora do IPCC aponta transição energética e preservação de florestas como estratégias prioritárias contra a crise climática

Adrissia Pinheiro

Publicado em: 22/01/2025 às 15:41 | Atualizado em: 22/01/2025 às 15:45

Em entrevista à Agência Brasil, a pesquisadora Mercedes Bustamante, colaboradora do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), explica que a crise climática agrava desigualdades sociais, como a fome, a escassez hídrica e migrações, além de intensificar conflitos geopolíticos. Essa amplificação de crises demanda respostas rápidas e globais para mitigar os impactos do aquecimento.

Para enfrentar o problema, a especialista aponta a transição energética como prioridade. Além disso, substituir combustíveis fósseis por fontes limpas deve ser feito com urgência e coordenação internacional.

Além do mais, o planejamento urbano também é essencial. Oferecer moradias seguras, transporte público eficiente e soluções sustentáveis pode ajudar a reduzir os impactos climáticos nas cidades.

No Brasil, a recuperação de áreas verdes representa uma oportunidade para combater o aquecimento global. Preservar florestas e ampliar o sequestro de carbono são ações fundamentais.

Por outro lado, a agricultura, setor que mais emite gases do efeito estufa no país, deve adotar práticas sustentáveis. Portanto, políticas públicas precisam priorizar a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável.

Com a realização da COP-30 no Brasil, surge a oportunidade de liderar debates climáticos globais. Assim, a coordenação entre países será indispensável para ações efetivas.

Os efeitos da crise climática na saúde acendem novo alerta

A entrevista é da Agência Brasil. Leia na íntegra.

Foto: divulgação/Sanepar