Comissão de Direitos Humanos denuncia agressão motivada por homofobia

Publicado em: 30/01/2018 às 21:02 | Atualizado em: 30/01/2018 às 21:02

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Amazonas publicou uma nota solidariedade à  instrutora de informática, Mary Lúcia, que foi brutalmente agredida na tarde dessa segunda-feira (29), em frente a sua casa no bairro Colônia Terra Nova, Zona Norte de Manaus. A suspeita, segundo a comissão, é que o crime tenha sido cometido por homofobia.

De acordo com a Comissão de Direitos Humanos da  ALE-AM, a vítima registrou a ocorrência  na Delegacia de Combate a Crimes Contra a Mulher (DECCM), afirmando que o autor da agressão é seu vizinho, um lutador de artes marciais.

A comissão informa ainda que a agressão provocou graves lesões no rosto de Mary Lúcia e ela apresenta risco de perda de visão.

Para a Comissão de Direitos Humanos a  violência torna público o drama vivido cotidianamente por milhares de mulheres e homossexuais em todo o Brasil que são vítimas de agressões de natureza física, psicológica e sexual, muitas vezes em suas próprias residências, mas também em vias públicas.

A nota, assinada pelo presidente da comissão, o deputado José Ricardo, diz que “a atitude corajosa de Mary Lúcia de denunciar seu agressor  é digna do apoio”. “Não somente de parlamentares, mas de toda sociedade pois traz à tona a barbárie vivida todos os dias por centenas de cidadãos em nosso país e também em nosso estado, de forma indiscriminada”, afirma.

A Comissão de Direitos Humanos pontua  ainda que a violência sofrida por Mary Lúcia “é fruto da misoginia, da homofobia, da intolerância e da falta de amor ao próximo, desconsiderando os direitos e as escolhas do outro e, acima de tudo, esquecendo que se trata de uma vida, que se trata de um ser humano”.

“Vale ressaltar que a resistência contra a intolerância criminosa arraigada em nossa sociedade faz parte de nossa pauta legislativa. Por isso, a Comissão de Direitos Humanos está acompanhando esse caso e pedirá celeridade na apuração dos fatos e na punição devida”, encerra a nota.

Foto: Divulgação Direitos Humanos