Amazônia: CMA intensifica ações no Vale do Javari e terra ianomâmi

Entre as ações, combate ao garimpo, tráfico e crimes ambientais.

Javari

Adríssia Pinheiro, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 10/03/2025 às 17:00 | Atualizado em: 11/03/2025 às 12:36

O Comando Militar da Amazônia (CMA) ampliou sua atuação em áreas estratégicas da fronteira. Nesse contexto, as tropas intensificaram operações no Vale do Javari e na Terra Indígena Yanomami, localizadas no Amazonas e em Roraima. Essas regiões, por sua vez, enfrentam conflitos constantes, como garimpo ilegal, tráfico de drogas e crimes ambientais.

Em 2024, as tropas do CMA conduziram operações durante 246 dias no Vale do Javari, no norte do Amazonas. Durante esse período, patrulharam mais de 10 mil quilômetros de rios. Como resultado, apreenderam 4 toneladas de entorpecentes, 2.300 metros cúbicos de madeira extraída ilegalmente e quase 6 toneladas de caça e pesca irregulares.

Além disso, o Exército também fortaleceu ações de assistência. Especificamente, as equipes médicas prestaram mais de 5 mil atendimentos a ribeirinhos e povos indígenas, garantindo, assim, o acesso a cuidados essenciais.

“Nossa filosofia é braço forte e mão amiga”, afirmou o comandante. Segundo ele, as tropas não apenas garantem a segurança, mas também apoiam as comunidades locais.

Enquanto isso, na Terra Indígena Yanomami, localizada na fronteira com Venezuela e Guiana, o Exército intensificou a fiscalização. De acordo com dados do governo federal, as operações reduziram em 91% a abertura de garimpos ilegais entre março e dezembro de 2024. Em determinados meses, não houve, sequer, um único alerta de atividade garimpeira.

Além disso, o balanço das ações reforça a efetividade das operações. Assim, as tropas desmantelaram 479 acampamentos, inutilizaram 80 balsas, apreenderam 694 máquinas leves e confiscaram 60 equipamentos pesados. Paralelamente, as abordagens resultaram na interceptação de 21.294 pessoas. Como consequência, as forças de segurança aplicaram R$ 11,6 milhões em multas, ampliando, portanto, a repressão às atividades ilegais.

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Combate a criminosos

O general enfatizou a destruição de pistas de pouso clandestinas e o reforço das operações contra o tráfico de drogas. O Exército conduz essas ações em parceria com órgãos federais e estaduais, como Ibama, ICMBio e Funai, fortalecendo a fiscalização e o combate a crimes ambientais.

“Levamos também o atendimento de saúde, tivemos a destruição de pistas de pouso que eram utilizadas para atividade ilegal, tivemos atuação para desfazer quase 500 áreas de garimpo”.

Além disso, as operações não se limitam ao enfrentamento direto de atividades ilegais. Segundo Costa Neves, o Exército também assume um compromisso com o desenvolvimento sustentável e o respeito aos povos originários, garantindo que suas intervenções promovam segurança e estabilidade na região.

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Foto: divulgação