Clima esquenta entre chefe do Bombeiros e vereadores de Manaus

Um embate marcou a Câmara Municipal de Manaus nesta segunda-feira (18 de agosto) após o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Orleilso Muniz, impedir a presença de militares em uma sessão solene de homenagem realizada na última sexta (15).

A solenidade havia sido aprovada por unanimidade pelos vereadores. A decisão do comandante foi vista como desrespeito ao Legislativo e à própria tropa, o que provocou forte reação dos parlamentares.

Em vídeo publicado nas redes sociais, Muniz atacou os vereadores:

“Em vez de estar fazendo ‘firula’, querendo levar o Corpo de Bombeiros para bater palma para vocês, vocês deveriam trabalhar”.

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Vereadores rebatem ataques

A fala gerou resposta contundente do vereador Carpê (PL), oriundo da Polícia Militar, que classificou o coronel como “pequeno, mesquinho e incompetente para liderar a instituição”.

Carpê ainda acusou Muniz de abuso de autoridade, desrespeito à separação dos poderes, crimes contra a honra e ofensas aos direitos dos parlamentares, usando o próprio vídeo do comandante como prova.

“A Câmara Municipal de Manaus me deu uma carta de alforria para que eu pudesse cobrar comandantes igual você, incompetentes e arbitrários”.

Outro vereador, Ubirajara Rosses (PL), outro oriundo da Polícia Militar, afirmou que a casa foi humilhada e criticou a postura antidiplomática do comandante.

Rosses também insinuou que Muniz se comporta de maneira “subserviente e bajuladora em relação ao secretário de segurança”, sugerindo que a proibição foi uma determinação de instâncias superiores.

Críticas à gestão

Além do embate, vereadores relataram problemas internos na corporação. Segundo eles, grande parte da tropa viajou para um congresso em Fortaleza, com despesas arcadas pelos próprios militares, o que teria prejudicado o efetivo em Manaus durante o incêndio na Effa Motors, no início de agosto.

Diante da escalada do conflito, os parlamentares anunciaram que vão apresentar uma moção contra as falas do coronel e encaminhar as denúncias ao Ministério Público do Amazonas.

Assista ao vídeo do coronel:

Foto: Reprodução