Casos de malária caem 14%, mas número é expressivo no Amazonas

Os casos de malária no Amazonas tem os seguintes números: 11.848 em 2020 contra 12.038 no mesmo período de 2019. 

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Publicado em: 25/04/2020 às 20:15 | Atualizado em: 25/04/2020 às 20:34

Os casos de malária no Amazona sofreram uma queda de 14% nos primeiro três meses de 2020. Com isso, existem 11.848 casos contra 12.038 no mesmo período de 2019. 

De acordo com a FVS-AM, os números foram divulgados em alusão ao Dia Mundial de combate à Malária, neste sábado, 25.

A FVS-AM é a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas.

Conforme a diretora-presidente da FVS, Rosemary Costa Pinto, a malária permanece como um grande problema de saúde pública.

Obviamente, o problema precisa ser enfrentado pelo Brasil e Amazonas, diz.

“Manter a redução dos números de casos da doença é um desafio constante na região amazônica”, disse Rosemary. Segundo ela, “o desafio é maior em meio a pandemia pelo novo coronavírus”.

De acordo com o diretor técnico da FVS, Cristiano Fernandes, a malária não deixa de ser prioridade no órgão. “As ações não foram interrompidas, apesar do enfrentamento da Covid-19″.

Em seguida, completou: “A FVS mantém junto aos municípios, o abastecimento por meio de insumos estratégicos”.

Já o chefe do Departamento de Vigilância Ambiental da FVS, Elder Figueira, ressalta que o controle da endemia precisa ser contínuo e diferenciado.

“A FVS possui a maior rede de laboratórios de malária do Brasil. Ao todo, contamos com mais de 1.033 postos laboratoriais”.

Esses laboratórios têm microscopistas treinados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-FVS). Com isso, “permite-se o diagnóstico e o tratamento precoce da doença”, destacou Elder. 

 

Prioritários

Cerca de 80% dos casos de malária, no Amazonas, são oriundos de 18 municípios.

Até março de 2020, foram registrados 11.848 casos da doença, oriundos de São Gabriel da Cachoeira (2.632 casos) e Manaus (1.362). 

Também constam Santa Isabel do Rio Negro (816 casos), Barcelos (740 casos), Carauari (482 casos) e Lábrea (468 casos).

Ainda segundo o boletim, Tapauá (417 casos), Coari (412 casos), Tefé (370 casos) e Ipixuna (261 casos).

Há registros também de Presidente Figueiredo (231 casos), Itacoatiara (209 casos),  Guajará (204 casos) e Atalaia do Norte (187 casos).

Decerto, para encerrar, Humaitá (165 casos), Rio Preto da Eva (158 casos), Alvarães  (70 casos) e Tabatinga (15 casos). 

 

Prevenção

Ademais, a melhor forma de prevenção da malária é evitar a picada do mosquito e adotar medidas protetivas individuais.

Por exemplos: usar repelentes, calças e camisas de manga longa, evitar a permanência em igarapés no período de fim de tarde.

Nesse horário o mosquito é mais ativo para se alimentar.

Outra estratégia é aplicar inseticidas residuais nas paredes dos imóveis, localizados em áreas de transmissão ativa.

Além disso, é bom usar mosquiteiros impregnados com inseticidas. 

 

Foto: Divulgação/FVS-AM