BR-319: construtora não cumpre contrato e pontes seguem sem previsão

Após dois anos de desabamento de pontes no Amazonas, agora o Dnit nem empresa contratada tem

Mariane Veiga

Publicado em: 03/10/2024 às 22:52 | Atualizado em: 04/10/2024 às 18:55

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) encerrou o contrato de R$ 43,3 milhões com a empresa J. Nasser Engenharia para reconstrução das duas pontes que desabaram em 2022, na rodovia BR-319.

Segundo o Dnit, a construtora não cumpriu o cronograma proposto e, com isso, as obras ficarão paralisadas até que uma nova empresa assuma o serviço.

“O DNIT informa que o contrato com a empresa responsável pelas obras de reconstrução das pontes sobre os rios Curuçá e Autaz Mirim, em Careiro da Várzea, na BR-319, foi encerrado em razão do não cumprimento do cronograma proposto, que resultou no atraso dos serviços”, informou o órgão.

O Dnit também alegou que está “tomando todas as medidas necessárias para apurar a responsabilidade da contratada e encaminhar os trâmites para a contratação de outra empresa”.

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O encerramento do contrato acontece no mês em que estava prevista a finalização da ponte sobre o rio Curuçá, a primeira a desabar e que deixou cinco mortos na tragédia.

O prazo havia sido anunciado pelo superintendente do DNIT, Orlando Machado, em março deste ano, durante audiência na Assembleia Legislativa.

O fim do contrato também coincide com o ‘aniversário’ de dois anos da queda da primeira ponte, completado em 28 de setembro.

Até o momento, não houve responsabilização pelo desabamento. As famílias das vítimas ainda cobram justiça enquanto o inquérito na Polícia Civil do Amazonas não tem prazo para encerrar.

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Foto: Ronaldo Siqueira/especial para o BNC Amazonas