Prefeito de Borba resiste à transição e Justiça bloqueia contas
Justiça do Amazonas determina bloqueio de contas municipais de Borba e entrega urgente de documentos.

Diamantino Junior
Publicado em: 27/12/2024 às 19:59 | Atualizado em: 27/12/2024 às 19:59
A Justiça do Amazonas, por meio do desembargador Henrique Veiga Lima, deferiu liminar em um mandado de segurança impetrado por Raimundo Santana de Freitas, prefeito eleito de Borba, contra o atual prefeito da cidade, Simão Peixoto, e membros da comissão de transição.
A decisão visa garantir a entrega de documentos essenciais para a continuidade administrativa e bloquear temporariamente as contas municipais, salvo para despesas inadiáveis, como salários e serviços essenciais.
A ação foi motivada pela resistência da atual gestão em atender a Resolução nº 11/2016 do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE/AM), que obriga a formação de uma comissão de transição e a entrega de informações ao prefeito eleito.
Apesar de uma liminar anterior do TCE/AM, a documentação requerida ainda não havia sido disponibilizada, prejudicando o planejamento da nova gestão.
Irregularidades e urgência na decisão
Segundo a decisão, além do descumprimento na entrega de documentos, foram constatados indícios de irregularidades em licitações realizadas no final do mandato, em possível violação à Lei de Responsabilidade Fiscal.
O desembargador enfatizou a urgência da medida, considerando a proximidade da posse do novo prefeito e os riscos à continuidade dos serviços públicos essenciais.
Medidas imediatas
A liminar estabelece:
Entrega de documentos: os coatores têm 24 horas para disponibilizar os documentos previstos na Resolução nº 11/2016 e no plano de ação, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00.
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Bloqueio das contas municipais: excetuando-se pagamentos relacionados a salários, saúde, educação e despesas previamente autorizadas, as contas do município permanecerão bloqueadas até nova decisão judicial.
A decisão reflete a preocupação do Judiciário em assegurar a moralidade administrativa e proteger os recursos públicos em um momento crítico de transição de governo.
Foto: reprodução