Amazônia: desmatamento aumenta 68% em Janeiro, diz mazon

A sexta maior área desmatada da série histórica para o mês, equivalendo à destruição de cerca de 400 campos de futebol por dia.

Amazônia: desmatamento aumenta 68% em Janeiro, diz Amazon

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 23/02/2025 às 08:56 | Atualizado em: 23/02/2025 às 08:56

O desmatamento na Amazônia no mês de janeiro aumentou 68% em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo 133 km². Conforme dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

Como resultado, o índice representa a sexta maior área desmatada da série histórica para o mês, equivalendo à destruição de cerca de 400 campos de futebol por dia.

O estado do Mato Grosso liderou a devastação na região, respondendo por 45% da perda de vegetação detectada. Como informa a Gazeta Brasil.

Ao mesmo tempo, Roraima (23%) e Pará (20%) aparecem na sequência, sendo responsáveis, junto com o Mato Grosso, por 88% da área desmatada na Amazônia Legal.

Além disso, outro dado preocupante é o avanço da derrubada de árvores em áreas protegidas. Das dez Terras Indígenas mais afetadas pelo desmatamento, sete estão total ou parcialmente localizadas em Roraima, colocando em risco comunidades tradicionais e a biodiversidade local.

“A destruição dessas terras impacta diretamente os povos originários, que dependem da floresta para sua sobrevivência, além de comprometer a manutenção da biodiversidade de fauna e flora e a regulação climática. É preciso ações para atuar nos locais apontados como mais críticos”,

alerta Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon.

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Degradação florestal

Ainda segundo a publicação, além do crescimento do desmatamento, a degradação florestal também apresentou números alarmantes.

Por exemplo, no primeiro mês do ano, a derrubada parcial da vegetação devido a queimadas e extração de madeira alcançou 355 km², volume 21 vezes maior que o registrado no mesmo período de 2024, quando 16 km² foram afetados.

Dessa forma, o índice de degradação é o terceiro maior da série histórica para janeiro, ficando atrás apenas de 2015 (389 km²) e 2011 (376 km²).

Portanto, os estados mais impactados foram o Pará, com 116 km² degradados (46% do total), e o Maranhão, que somou 144 km² (40%), concentrando juntos 86% das áreas atingidas.

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Foto: Polícia Federal