Amazônia: comunidades estão em risco por erosão e assoreamento de rios

Nelas vivem ao menos 5.715 pessoas, aponta pesquisa divulgada pelo grupo Nature.

Amazônia: comunidades estão em risco por erosão e assoreamento de rios

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 28/02/2025 às 16:31 | Atualizado em: 28/02/2025 às 16:31

Comunidades ribeirinhas na Amazônia estavam em áreas consideradas de risco para erosão e assoreamento de rios em 2023 e 2024.

Nelas vivem ao menos 5.715 pessoas. O alerta está em estudo publicado na última semana na revista científica Communications Earth & Environment, do grupo Nature. Como informa a Folha.

Segundo a informação, o trabalho partiu de imagens de satélites que indicam os efeitos de erosão (provocando o fenômeno conhecido como “terras caídas”) e o assoreamento do rio Amazonas.

Assim, com elas, os pesquisadores fizeram uma avaliação de risco de 51 comunidades ribeirinhas vivendo às margens do rio. Assim como dentro da área da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, na região central do estado do Amazonas.

Conforme a pesquisa, os resultados apontam que cerca de metade (44,5%) dos ribeirinhos da região sofrem com efeitos de sedimentação e erosão das margens dos rios.

Dessa forma, o pesquisador André Zumak, do Instituto Mamirauá, conduziu o estudo junto com colegas do instituto, e contou ainda com a participação de cientistas da UnB (Universidade de Brasília) e da Université de Toulouse (França).

Para isso, os cientistas combinaram dados de satélite do GSWE (Global Surface Water Explorer), que mostra movimentos de águas continentais, com censos demográficos realizados com as comunidades da região para analisar a sua vulnerabilidade.

Assim sendo, a avaliação teve como base fatores como acesso a serviços na cidade mais próxima (Tefé), número de migrações recentes devido a processos de erosão e sedimentação, fatores socioeconômicos (escolaridade, renda, quantidade de aparelhos em casa etc.) e número de crianças, mulheres e idosos em cada comunidade.

Em suma, quanto ao risco, este foi dividido em cinco categorias: muito baixo, baixo, moderado, alto e muito alto.

Leia mais em Folha de S.Paulo.

Leia mais

Crateras gigantes podem ‘engolir’ cidade na Amazônia

Foto: Paula dos Santos Silva/Divulgação