Amazonas reduz desmatamento pelo segundo ano consecutivo

Com exceção de Roraima, todos os estados da Amazônia Legal apresentaram redução do desmatamento

AmazĂ´nia: incĂŞndios aumentam 42% em 2024; desmatamento cai 30%, diz Inpe

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em BrasĂ­lia

Publicado em: 12/12/2024 Ă s 05:17 | Atualizado em: 12/12/2024 Ă s 05:17

Com base nos dados do Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o InfoAmazonia divulgou nesta quarta-feira (11) que o Amazonas conseguiu reduzir sua taxa de desmatamento pelo segundo ano consecutivo.

Entre agosto de 2022 a julho de 2023, o estado tinha 1.310 km² de área desmatada. No mesmo período, entre 2023 a 2024, foram devastados 961 km², ou seja, uma redução de 26,6%.

Em 2022, o estado alcançou o recorde do desmatamento com um total de 3.048 km² derrubados.

Com exceção de Roraima, todos os estados da Amazônia Legal apresentaram redução do desmatamento.

Amazonas, Roraima e Rondônia são os três estados com a maior porcentagem de desmatamento em florestas públicas não destinadas, com 62,4% (599,4km²), 92,7% (372,44 km²) e 58,2% (192,60 km²), respectivamente.

Além das florestas públicas, o desmatamento no Amazonas ocorreu em assentamentos (17%), terras indígenas (3,7%), unidades de conservação (4,3%) e outros (12,55%).

Mato Grosso e Pará registraram as maiores quedas em números absolutos: de 1.940 km² em 2023 para 1.271 km² em 2024 (34,4% a menos), e de 2.885 km² em 2023 para 2.217 km² em 2024 (23%), respectivamente.

As maiores reduções percentuais ficaram com Tocantins, com 89%, e Rondônia, com 58%.

Pará continua sendo o estado com a maior taxa de desmatamento da Amazônia, seguido do Mato Grosso e o Amazonas. Os três estados representam 75,8% da área desmatada na região.

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Amacro

Neste ano, a Amacro, uma região de 45 milhões de hectares na divisa entre Amazonas, Acre e Rondônia, registrou uma redução de 38% no desmatamento, passando de 1.847 km² em 2023 para 1.144 km² em 2024.

A região foi criada a partir de um projeto idealizado em 2018 e lançado durante o governo de Jair Bolsonaro para incentivar o agronegócio.

“Apesar da queda na taxa, parte da devastação da floresta ainda ocorre próxima às rodovias: 26% (294 km²) do total desmatado está localizado em áreas de até 10 km de distância das estradas”, diz o estudo do InfoAmazônia.

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