Amazonas enfrentou crise ambiental histórica em 2024
Estado reviveu cenário do ano anterior com seca extrema e recorde de queimadas

Mariane Veiga
Publicado em: 31/12/2024 às 20:00 | Atualizado em: 31/12/2024 às 21:30
O Amazonas viveu um colapso ambiental em 2024, marcado por uma seca severa e recorde no número de queimadas.
O estado enfrentou a pior seca dos últimos 120 anos, com o Rio Negro alcançando 12,11 metros, afetando diretamente Manaus e áreas periféricas, como a Praia da Ponta Negra e a Marina do Davi.
A escassez de água prejudicou a navegação e gerou dificuldades logísticas, incluindo a instalação de um píer flutuante em Itacoatiara.
Em todo o estado, cerca de 800 mil pessoas foram impactadas pela estiagem, o maior número já registrado.
No interior, a seca isolou comunidades e atrasou o fornecimento de medicamentos. O prejuízo causado foi superior a R$ 600 milhões.
Além disso, o Amazonas registrou mais de 25 mil focos de queimadas, o maior número desde 1998. A fumaça gerada pelas queimadas afetou toda a região e até chegou a outras partes do Brasil, como São Paulo e o Sul.
O setor pecuarista foi apontado como principal responsável pelo fogo, que visa desmatar áreas para pastagem.
A situação é um alerta para o futuro da região, com a repetição dos cenários de crise climática que já afetaram o estado em 2023.
A chegada das chuvas pode amenizar os danos, mas os efeitos das mudanças climáticas parecem se intensificar.
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Foto: Ronaldo Siqueira/Especial para o BNC Amazonas