Amazonas: em pouco tempo, drones e IA mapeiam mais de 600 castanheiras

Sobrevoo em reserva com mais de mil hectares localizou árvores em poucas horas.

Adrissia Pinheiro

Publicado em: 23/04/2025 às 15:41 | Atualizado em: 23/04/2025 às 15:41

Na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã, no Amazonas, um único voo de drone com inteligência artificial identificou 604 castanheiras e mais de 14 mil outras árvores em apenas duas horas.

A inovação faz parte da metodologia Netflora, criada pela Embrapa Acre, que representa um salto em relação aos métodos tradicionais de inventário florestal, antes feitos com equipes em campo durante mais de dois meses.

A Embrapa Amazônia Ocidental e a Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas participaram da ação como parceiras. O Fundo JBS pela Amazônia financia o projeto

Além de acelerar o trabalho, o sistema garante mais precisão no mapeamento. Por meio de um aplicativo, os extrativistas da comunidade local conseguem localizar árvores específicas por coordenadas geográficas.

Além disso, a IA ajuda a traçar rotas mais curtas na floresta, diminuindo o esforço físico e facilitando a coleta de frutos como a castanha.

Outro ponto importante é que o sistema também permite uma gestão mais sustentável da biodiversidade, monitorando espécies nativas e áreas de extração com mais eficiência.

Nesse sentido, o treinamento do algoritmo que analisa as imagens de drone já incluiu mais de 60 mil registros, com a meta de alcançar 150 mil.

Com essa ampliação, ele será capaz de identificar padrões vegetais em diferentes biomas do país — até em regiões nunca antes sobrevoadas.

Atualmente, o sistema já reconhece a copa de palmeiras do Nordeste e diferencia árvores vivas de mortas, além de mapear clareiras.

A ideia é ampliar ainda mais o banco de dados e tornar o monitoramento florestal mais acessível, rápido e sustentável em toda a Amazônia.

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Foto: Caio Alexandre Santos/Embrapa